Capítulo 16

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Tiana

Dei, dei horrores...

Passo a toalha grande pelo meu corpo, deixando o Tigrinho tomando banho sozinho, já pedi a ele pra eu ir lá em baixo, ele deixou e por isso eu tô saindo mais rápido do banho. Eu até ficaria aqui com ele, mas quero ir lá em baixo pra conhecer a casa, a mansão do Tigrinho é linda e eu ainda não vi tudo, daqui a pouco eu tomo ela pra mim também, aposto na banca e espero a cartinha ser liberada, tudo jogando no tigrinho.

Ele se vira de frente, lavando o rosto e eu vou em direção à porta com a maçaneta dourada. Giro o metal na minha mão e vejo a sacada aberta, o vento entra no quarto e traz um cheiro de natureza, adoro a natureza na sua mais bela forma, a natureza e o seus componentes, entre eles o tigre. Dou um passo de cada vez, dando uma corridinha até a minha bolsa, pego o biquíni vermelho e coloco rápido, vendo as marcas vermelhas no meu peito e no pescoço, mas deixei ele marcado também.

Desço lá em baixo, tomando cuidado nos degraus de porcelanato branco, tem até umas listras cinzas no piso, muito lindo. As escadas com proteção de vidro nas laterais e aqui em baixo, eu chego na sala enorme que é mais ou menos do tamanho da minha casa inteira. O sofá cinza fica no meio da sala, a televisão presa no suporte de madeira, os móveis são todos planejados. Na parede, tem um quadro do Leonardo Da Vinci, eu nem toco, porque tenho alergia a tanta riqueza.

Eu: No dia que eu chegar nesse patamar de riqueza, eu não vou me exibir, mas haverá sinais - falo baixo, vendo o quadro preso na parede branca.

A casa toda é espelhada, tem vidro na sala toda, então a vista é linda, lá fora tem um lago cobrindo toda a mansão do meu Tigrinho, meu e das outras, mas se tá comigo agora, é meu até o restante do dia. Até agora eu tô usando o cordão de ouro dele, deve ser um carimbo pra marcar posse igual faz com as vacas, pelo menos se tudo der errado, eu vou tá milionária, então eu arco com as consequências. Pego meu celular na bancada ao lado do sofá, mandando mensagem pra Ayres.

__________

Eu: Nega, consegui mais dinheiro.
Eu: Vou mobiliar a nossa casa toda.
Eu: Casas Bahia vai entrar no Jacaré mais uma vez.

Ayres: Agora eu vi futuro.
Ayres: Pensei que ia dar sem cobrar nada.
Ayres: Ainda não é tempo de dar de graça, eu dou de graça e não tenho futuro nenhum, tem que cobrar.

Eu: Pior que ia ser de graça.
Eu: Ele que não quis, disse que assim se apaixona.
Eu: Tigrinho é calminho, mas bobinho é quem se engana com isso, tô com os olhos bem abertos pra ele.
Eu: É safado que você nem imagina o quanto, homem safado com jeitinho de vagabundo, sabe?
Eu: Ama se diminuir pra dar pouca impressão, isso é coisa de homem vagabundo.

Ayres: Esses que se diminuem são os piores.
Ayres: Se fosse em outros tempos, eu falaria pra você correr enquanto é tempo.
Ayres: Mas fica, enquanto dá dinheiro, vou guardar uma parte no porquinho do Nubank, pra controlar seus gastos.

Eu: Empresária de piranha é o que? Puta também?
Eu: Me sinto tão envergonhada, eu tenho vergonha das coisas que eu faço.

Ayres: Onde que tá sua vergonha, Tiana?
Ayres: Você é muito é sem vergonha, largue de ser fingida, bicha!

Eu: Me deixe ser fingida, agora vou luxar no Jet Ski do Tigrinho.
Eu: Mando foto depois, um beijo e tenha um bom dia, porque o meu já começou ótimo.
Eu: E outra, sou oficialmente uma atriz pornô.

Por uma BucetaOnde histórias criam vida. Descubra agora