41 : O Livro 🌛

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"Tudo por uma paz,

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"Tudo por uma paz,

Que passo a passo,

Fica para trás".

Amitiel

Ser um anjo nunca significou viver na paz do senhor, não, havia mais, sempre houve muito mais além de estar na graça do criador, pois também tínhamos que certificar, que sua criação estivesse em suas graças, aí era onde morava o perigo, humanos são tão facilmente corrompíveis, sempre com suas verdades "imutáveis" diga a um que é o centro de tudo, e ele certamente achará, diga a outro que está errado, é será mais fácil ele te deixar, e todos os problemas podem ser facilmente resolvidos com a morte.

Era um caos estar no meio deles, uma luta que certamente teria deixado de lado, se não fosse Arael, ela me mostrou o único lado bom deles, o tal amor como eles conhecem, pois com ele na jogada, tudo fica tão imensamente mais fácil, fácil sorrir, perdoar, se levantar, cuidar, e foi em nome dessa rara beleza, que decidi lutar na guerra sem fim, para que pudessem continuar tendo um lar, e bom, tudo continuar como era.

Essa foi a primeira vez que baixei minha guarda por eles, tudo por conta dela, e agora penso que se ela não tivesse na jogada, minha vida poderia ter sido mais simples, com menos despedidas, ou mortos.

Mas ela já não estava mais aqui, morreu por amor ao que ela acreditava, e mais uma vez os humanos estavam no meio, e certamente se pudesse, faria de novo, ela era sempre tão determinada, tal como a filha que tive o prazer de conhecer esses dias.

Melody mesmo tão nova já presenciou tantos problemas, e mesmo agora conosco voltando para casa, depois de uma longa busca na biblioteca, que ficava em um castelo que nem fazia ideia existir, Melody sorri, parece que está aguentando bem descobrir esse novo mundo, o que de certa forma era bom, pois vivemos em um mundo perigoso demais para se deixar levar logo nos primeiros minutos.

Deve ser por isso que humanos sabiam tão pouco sobre nós, pois é a raça mais frágil lidando com o que pode aguentar.

Mas isso nem de longe e o que vem me incomodando no momento, mas o que vi quando estávamos buscando a maldição do garoto, no pequeno momento de distração que tive, e Melody havia se afastado, logo eu que sabia melhor que qualquer um ali, que mexer com os livros era uma tarefa muito mais complicada, que se os bruxos tivessem nos encontrado.

Se o destino estava brincando conosco, foi algo de muito mal gosto, e quando voltei a mim, e vi que tinha algo errado, logo me preocupei, e fui atrás dela com Jeremy gritando.

Ela parecia estar envolvida a algo, e mesmo não me contando o que foi, estava nítido no ar, talvez ela ainda não entendesse, mas tinha tempo para explicar, para ela não se perder de novo, o que era de certa forma meu único alento no momento, pois descobrir sobre Melody era uma coisa, o livro que ela pegou no curto espaço de tempo, foi o que culminou no meu total desespero, e antes que visse, as pistas que foram deixadas nunca tiveram tanto sentido.

O castelo que não aparecia no céu, um bruxo desconhecido, e agora o grimório dos mortos, não podia ser coincidência, era ele, o bruxo que não apareceu no tratado de paz, e se ele estava com o livro, nada de bom poderia surgir daí, pois era um livro temido.

Que merda, isso era algo que devia investigar, pois com Melody de certa forma envolvida, mesmo que o futuro viesse a ser problemático com ele por perto, tinha que dar pelo menos uma aliviada nos sintomas.

Sim, faria isso assim que Melody tivesse segura em casa, mesmo que precisasse voltar onde não me queriam mais.

Arael, por que você não está aqui, às vezes sinto falta do seu sorriso, era sempre um alento em dias tempestuosos.

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