Capítulo 25

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- Preciso de um descanso. – falo sem fôlego para a Stacy.

- Eu também.

Stacy apoia as mãos nos joelhos e respira fundo. Como só tivemos uma aula já que o professor de literatura estava doente. Resolvemos aproveitar o dia na floresta que faz parte dos Bartholy.

Stacy amou a visão do lago e quis continuar. Seguimos para um caminho desconhecido, mas estávamos certas de que não iríamos nos perder.

- Eu não imaginava que a floresta deles era tão extensa. – tomo um gole de água.

- O que esperar de uma família que tem uma mansão? Me surpreende eles cuidarem da casa tão bem se não tem empregada.

Se você soubesse como eles conseguem organizar, com certeza ia ter um ataque cardíaco. Solto uma risada e guardo a minha garrafa na bolsinha pequena. Ao voltar a andar me sinto sendo observada. Olho ao redor e não encontro nada, isso é estranho.

Um arrepio sobe pela minha espinha e fico alerta. Stacy estranha meu comportamento e se aproxima.

- Vocês está bem?

- Sim, é só uma sensação esquisita.

Continuamos a nossa caminhada, porém me sinto cada vez mais vigiada. Meu coração diz que é melhor voltar.

- Stacy, vamos voltar para a mansão.

Puxo Stacy comigo ignorando as suas perguntas, mas acabo paralisando ao ver uma figura passando pelas árvores. Meu coração se aperta e meu corpo começo a temer de medo. Dou um passo para trás e em um piscar de olhos a figura estava mais perto.

Parece aquela pessoa que vi na casa dos Bartholy, arregalo meus olhos.

- Stacy é melhor correr agora.

Minha voz falha ao ver o pequeno sorriso crescendo no rosto do homem. Como ele usava chapéu e estava com a cabeça baixa, eu só conseguia ver a sua boca e seu queixo quadrado.

Corro na direção oposta do homem com a Stacy ao meu lado, o meu peito gritava por uma respiração calma. Avançamos com rapidez ente as árvores e observo por cima do ombro procurando pelo homem em questão.

- Rebecca, olha!

Stacy fala sem fôlego, paramos para ver uma casa de madeira. Eu não vi isso no mapa, mas agora é nossa chance para nos escondermos. Coloco a mão na maçaneta e empurro a porta que se abre rangendo, entro sentindo a poeira subindo. Stacy vem logo e fecha se encostando contra a porta velha.

- Quem era aquele homem? – Stacy perguntou nervosa.

- Não faço ideia. – respiro fundo. – Eu vi ele na mansão uma vez, mas os meninos estavam fora e tecnicamente ele invadiu.

Pego meu celular e procuro o número do Drogo. Meu coração estava doendo por algum motivo, minhas mãos começam a tremer e sinto uma dor aguda na cabeça.

 - Aí, droga!

Minhas pernas ficam fracas e caio de joelhos, o celular desliza de meus dedos e um zumbido forte fica no meu ouvido. Acabo gritando de dor e ouço Stacy vindo para o meu lado desesperada.

- Rebecca! O que está havendo?!

Umas cenas esquisitas passam pela minha cabeça. Para ser exata vejo minha mãe. Como se estivesse vendo uma memória dela, mas justamente nessa casa?! Me lembro da foto e pego a minha carteira com minhas mãos trêmulas.

Tiro a foto da carteira observando bem, guardo o meu celular e vou para fora da casa. Posiciono a fotografia ao lado da visão da casa velha e as lágrimas descem pelo meu rosto. Isso tem que ser coincidência, é só uma casa parecida.

Desejo IndomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora