Uma semana após a morte de Becky, a história era a mais falada entre os corredores. Foi um pouco péssimo ouvir os comentários, principalmente quando citavam que uma terceira pessoa viu. Claro que os envolvidos permanecem ocultos, porém, as vezes tenho a sensação que mais gente saiba.
No intervalo me refugiei para a sala vazia, mal tenho me concentrado nas aulas, e sei que isso por me prejudicar. Tenho a impressão que o tempo está passando depressa e não consigo acompanhar, uma sensação péssima!
Em minha mesa tinha livros e anotações abertas, mas tudo em vão, já que não encontrei uma mera concentração. A porta estava aberta, conseguindo ver quem passava no corredor. Para encontrar privacidade, fui direto para a sala onde os corredores permaneciam vazios, mesmo durante o pico de estudantes.
O professor Sebastian passa encarando, voltando novamente para verificar. Seus olhos se mostraram surpresos e se tornaram gentis. Entrando na sala, ele fecha a porta com cuidado e fala baixo.
- Não esperava que estivesse aqui. – Sebastian subiu os degraus do recinto.
- Era o único lugar onde encontraria um pouco de paz. – sorrio tristemente. – Os corredores continuam comentando sobre...
Não termino minha frase, suspiro e volto a olhar para o meu caderno. O professor senta-se ao meu lado, seu perfume viril invadiu minhas narinas. Sua presença se tornou confortável nessa sala que estava sem vida.
- E como você está? Tentei conversar com você, mas foi difícil.
- Os outros querem garantir que eu fique bem, entretanto, estão me sufocando. Já sei que a vítima foi Becky, e que não pude fazer absolutamente nada para impedir.
- Eu entendo. – o professor apoiou o braço na mesa. – Soube que ainda não descobriram o culpado, como está em relação a isso?
- Um pouco de medo, não vou negar. Se ele me perseguiu no festival que tinha diversas pessoas, nada me garante que ele não tentará de novo. Sou uma bruxa que não sabe controlar seus poderes, e com medo de um assassino a solta.
- Isso pode ser assustador até para quem controla os próprios poderes, Rebecca. Não diminuía o que sente, o seu medo é normal. – ele me observa e segura minha mão. – Você não está sozinha, ficarei aqui para lhe proteger.
- Obrigada, professor. – sorrio para Sebastian.
Seus olhos caem por meus lábios, desviando sua atenção para longe, ele se levanta com seu olhar ardente, e bochechas levemente coradas.
- Tenho que ir. Cuide-se, Rebecca. Qualquer coisa pode me ligar.
Faço que sim com a cabeça, Sebastian vai embora e outra vez estou sozinha na sala.
POV DROGO
- Rebecca fugiu para uma sala de aula de novo.
- Convenhamos que isso é muito pesado para ela lidar. – Peter fala.
- Eu sei que é. Recentemente descobriu tantas coisas e permaneceu de pé, mas ela viu um assassinato acontecer na frente dela.
- Será que foi ele mesmo?
- Queria acreditar que não, mas tudo caminha para o lado negativo. – encaro o campus.
- A corda está apertando para o nosso lado. – Peter massageia a nuca.
- A corda já está no nosso pescoço, você que não percebeu. – faço uma careta. – Como vamos explicar para ela que o mito do Helsing foi real e pode estar mirando nela?
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Desejo Indomável
VampiroDepois de passar um ano e meio se perguntando o que faria a seguir. Rebecca Colleman decidiu recomeçar a sua vida em uma nova cidade, afim de seguir o seu sonho: se tornar uma arqueóloga como seus pais. A cidade de Mystery Spell era conhecida por di...