Meu fim de semana foi resumido em cuidar da minha nova mudança. Era estranho sair da cidade dessa maneira, ignorar definitivamente os Bartholy me incomodava. Quase fui morta por um vampiro e aqui estou eu, com saudades da família.
Não sei o que passa na cabeça deles, tampouco me importo neste momento. Os meninos estavam ocupados, por isso minha opção era lidar com a mudança com um táxi. E para a minha surpresa, Nate se prontifica a me levar, assim poderia ter o endereço exato, em suas palavras foram para os irmãos ficarem tranquilos. Mas, devido a uma melhora em seu comportamento, não parecia que era somente isso.
Guardando para mim esses pensamento, viro-me com um suspiro ao chegar na sala do apartamento. Algo que levaria pouco tempo, foi demorado por enrolamento de minha parte. No fundo eu queria ficar, por mais que a razão diz que eu tinha que vir. Nate coloca a minha mala no meio da sala, observando ao redor da sala. Seus olhos passando por cada parte, antes de focar em mim.
- Obrigada por me ajudar.
Querendo ou não, era uma viagem um pouco demorada de carro, ao chegar Pensilvânia, a noite já havia caído.
- É um bom apartamento, não será difícil se adaptar. – ele coloca a mão no bolso, com um meio sorriso. – Vou nessa, se cuida.
- Não é perigoso pegar estrada a essa hora?
- Voltei vivo das outras vezes.
- Mesmo assim, Nate. As estradas ficaram perigosos com a escuridão. Você pode dormir no quarto extra e ir embora pela manhã.
- E por que você me manteria aqui? – ele franze o cenho. – Não gostamos um do outro, lembra?
O seu tom era de brincadeira, reviro meus olhos evitando um sorriso.
- Para comemorar que não verei mais a sua cara todos os dias, pedirei uma pizza.
- Uma boa comemoração.
Caímos na risada e resolvo levar a minha mala para o quarto. É estranho ter em mente que vou morar sozinha, já me acostumei em ter companhia ao café da manhã. Pessoas que eu poderia ter uma conversa calorosa, sem me preocupar com nada.
E com imenso medo, de passar a primeira noite em meu novo lar, prefiro não estar sozinha. Nate é desagradável a maior parte do tempo, mas será uma companhia melhor por essa noite. Coloco a mala sobre a cama e pego meu celular no bolso, pesquiso as pizzarias que tem pelas redondezas, e ligo para uma delas.
Mesmo que não tenha sido uma grande mudança, cair na estrada que me deixou cansada. Fazer meu próprio jantar seria um pouco problemático.
Um tempo depois, tomo um banho e retorno a sala com roupas confortáveis. Nate estava mexendo no celular quando seus olhos voltam para mim. Ele tem cara de quem vive perigosamente, enquanto sua aura deixava nítida. É um pouco intimidador estar sob seu olhar.
- O que foi?
- Nada. - ele guarda o celular. - Estou curioso para saber o verdadeiro motivo.
- Verdadeiro motivo? – cruzo os braços.
- Eu sei que você tem me odiado desde que nos conhecemos.
- Sim. Mas suas atitudes mudaram minha concepção sobre você. Não é tão babaca quanto aparenta.
- E você não é tão insuportável e estúpida quanto parece.
- Estou muito cansada par mandá-lo ir a merda.
O porteiro me liga para avisar que o entregador chegou, mas antes que eu pudesse chegar a porta, Nate já havia sumido. Achando estranho seu sumiço, caminho-me para o elevador, e para a minha tristeza, já estava descendo. Terei que esperar ou ir pelas escadas, o que não me parece nada incrível.
Ouço meu celular tocando e volto para o apartamento. Era mais uma ligação do Drogo. Atendo começando a falar.
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Desejo Indomável
VampireDepois de passar um ano e meio se perguntando o que faria a seguir. Rebecca Colleman decidiu recomeçar a sua vida em uma nova cidade, afim de seguir o seu sonho: se tornar uma arqueóloga como seus pais. A cidade de Mystery Spell era conhecida por di...