Capítulo 41

20 2 20
                                    

Essa garota é estúpida, não é possível! Corremos atrás de Samantha, que se aventurou por uma ala desconhecida.

- O que você está fazendo, Samantha? – Esteban puxou o braço dela.

- Estou tentando achar uma saída desse lugar. Vocês viram como eles são aterrorizantes? – respondeu Samantha, puxando o braço de volta.

- Você não está pensando direito, Samantha. Não deve se afastar do grupo; assim, poderia ser pega quando estivesse distraída.

Samantha arregalou os olhos, vou para o lado tentando evitar que ela tomasse qualquer ação sem lógica. O professor tentava acalmá-la, mas confesso que estava com vontade de dar-lhe um tapa com a minha mochila.

- Eu só quero sair deste lugar. Está claro que isso será perigoso.

Samantha recuou um passo, seu pé afundando lentamente em um mecanismo estranho. Meu corpo agiu por conta própria. Corri em direção a ela, empurrando seu ombro para o lado. Caímos juntas no chão, e uma faca cortou meu braço esquerdo.

Um grito escapou dos meus lábios enquanto eu ficava incrédula. Como eu consegui perceber isso antes? A faca teria atingido Samantha se eu não tivesse interferido. O professor e Esteban correram para o meu lado, inspecionando a ferida.

- Merda, você está bem, Rebecca? – Sebastian segurou meu braço.

- Eu estou bem. – procurei manter a  coragem, mesmo que A dor estivesse ardendo!

- Você me empurrou. – Samantha estava surpresa, com os olhos em choque ao ver o corte no meu braço.

- Percebeu o quanto foi idiota o que fez? – gritou Sarah.

- Esta tudo bem, as duas estão bem. – Esteban me ajudou a ficar de pé. – É melhor vocês procuram uma rota alternativa. Enquanto isso, vou tratar do ferimento da Rebecca.

Esteban me levou para um canto mais afastado, e sentei-me no chão. Ele abriu a pequena pochete na cintura e retirou o necessário para cuidar do meu machucado.

- Foi corajoso o que você fez. E bem rápido para perceber. – Esteban me encarou.

- Ah, foi só instinto. Nem eu sei ao certo como fiz isso. – respondi, sorrindo nervosamente.

- Com certeza. Pelo menos calou aquela matraca. – ele fez uma careta.
Esteban limpou e enrolou uma gaze em meu machucado. Estava dolorido, mas não havia motivos para fazer drama. Reunimo-nos novamente com o grupo.

- Não será tão fácil sair daqui. Com certeza há outras armadilhas por aqui.

- E pode ser letal, como na sala anterior. Se eu não tivesse empurrado Samantha, a faca teria acertado seu peito. – comentei, aproximando-me.

- Não sabemos ate onde esses caras podem chegar. – disse Esteban, franzindo o cenho. – Espero que entendam a gravidade da situação e colaborem, sem fazer nenhuma besteira.

Em sua última frase, Esteban olhou para Samantha, que apenas concordou em silêncio. Tomara que ele esteja certo!

Prosseguimos por mais salas e corredores bizarros. O que poderíamos fazer a não ser seguir em frente? Respirei fundo ao avistar o que parecia ser uma saída no fundo do corredor.

Uma estátua que deveria ter uns três metros de altura estava diante de nós. Parecia uma sacerdotisa, com traços que exibiam uma mulher poderosa e bela. Era estranho sentir que estava sendo observada por aquela estátua, mesmo com seus olhos parados. Sebastian a encarava, seu semblante revelando curiosidade.

Suspirei, completamente hipnotizada pelo lugar, e andei lentamente para apreciar os desenhos na parede. Parecia uma representação deu uma pequena vila com seus habitantes.
Mais um passo, e outros desenhos entraram no meu campo de visão. Ouvi um ruído estranho, e meu peito se apertou. O restante do grupo também parecia receoso. Antes que pudesse fazer qualquer movimento, o chão sob meus pés cedeu.

Desejo IndomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora