XI

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SANZU

Estou a ponto de cometer um crime e essa mulher não me ajuda. Kim está me encarando como se fosse inocente e isso só me dá mais vontade de puni-la.

-- Por que não me avisou que Ivanov é o seu tio?  --  Ela piscou diversas vezes.

-- Primeiro, você não me informou onde iriámos e segundo, você não perguntou. -- Tal resposta me deixou ao ponto de explodir e sem pensar muito puxei-a para mais perto e prendi seus pulsos.

-- Isso vai deixar marcas querido. -- A voz irônica dela está acabando com meus neurônios. -- Acho melhor você relaxar ou não sairá desse país com vida se me ferir ou se pensarem assim. -- A empurrei longe.

-- Estava bom demais para ser verdade. você conseguindo controlar o seu gênio e sendo um ser humano normal. -- Kim revirou os olhos. -- Eu não fiz nada para ser tratada assim e você simplesmente tem algum problema comigo e não assume.

-- Só pode estar brincando sua desgraçada. Estava com a boca no pau daquele filho da puta e afirma que não fez nada? -- Peguei no bolso interno do meu blazer um cigarro comum e isqueiro.

-- Direitos iguais querido. Era isso ou te esfaquear e quando eu vi aquela foto soube na hora que não conseguiria agir objetivamente. -- Ela respirou fundo, rindo ironicamente. -- Por acaso ficou com medo deu morder o seu brinquedo ou cumprir a promessa e arrancar um dos piercings com os dentes? -- Relaxa meu bem, pois eu não farei isso.

A confiança dessa mulher é inquebrável, mas ainda vou dobrá-la e pensando desse jeito sorrir docetemente.

-- Vamos comer e depois compras, se não irá congelar não é mesmo? -- Ela piscou diversas vezes antes de entender e assim ordenei que seguissem para o melhor restaurante da cidade.

KIM

Sanzu está estranho, ele está sendo... Amigável? E se tem algo que eu aprendi, é não confiar em ninguém, seja família ou amigos, principalmente num cara que deveria ser meu noivo e não sabe agir com decência.

Quando o carro parou no restaurante próximo, Sanzu, de modo cavalheiro me ajudou a descer, mesmo que não precisasse e depois me guiou até o restaurante onde a nossa refeição ocorreu tranquilamente. Até a sobremesa:

-- Você passou muito tempo na Rússia? -- Perguntou aparentemente interessado.

-- Digamos que parte da infância e você sempre ficou no Japão? -- Resolvi entrar na dele, se é para saber um do outro, pelo menos que seja agradável.

-- Você tem uma ligação muito forte com Ivanov? -- E bingo, a sutileza comigo parece não ocorrer, mas prefiro assim e nunca direi que minha ligação com Kaesa não é sanguínea.

-- Ele me vê como uma ferramenta única e uma princesa que precisa de um pai, mesmo tendo um. -- Sorri.

-- Que ridículo... -- concordei. -- Fora que -- puxou minha mão em direção aos lábios. -- Você já tem a mim.

Me segurei para não gargalhar, isso até seria bom. Se me tratasse bem.

-- Se continuar me tratando assim vou acabar me apaixonando. -- Pisquei. -- Agora me diga o que ele queria com você, ao melhor, se foram fazer negócios imagino que ele exigiu algo. Ivanov nunca facilita. 

Karma | SanzuOnde histórias criam vida. Descubra agora