XXXIV

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KIM

Assim que as portas se abriram, eu levei um susto. Estava esperando por Sanzu, mas foi Rindou quem apareceu, com as mãos nos bolsos e o sorrisinho pretensioso.

— Vamos, princesa. — Ele sorriu antes de vir até mim e puxar meu corpo, me fazendo ficar colada nele, e, óbvio, que me afastei.

Se Sanzu não inspira confiança, quem dirá um dos irmãos Haitani que está louco para me comer?

— Onde está o meu marido? — Perguntei.

— Trabalhando. Hoje você é minha, Kim. Então, se não acredita, olha no seu telefone. — Ele deu de ombros, e fiz exatamente isso. Ali estava a mensagem dele:

Emergência, boneca. Não apronte, o bastardo Haitani será sua companhia.

Te vejo em breve.

Respirei fundo, encarando o fim da mensagem. Como assim em breve? Massageei minhas têmporas e segui até o Haitani, que me encarava com ar de vitorioso.

— Eu gostaria de ir para casa. — Ele passou a mão na minha cintura, trazendo-me para perto dele antes de sair do escritório. Os seguranças vieram conosco e permaneci calada.

— Você vai para a casa, querida, para a minha casa.

RINDOU

Sanzu não faz ideia de como eu vou me divertir ao retribuir cada desaforo e filha da putagem que ele fez comigo.

Kim me encarava seriamente conforme afirmei que iríamos para a minha casa, e tudo piorou ao ver a mensagem de Sanzu que confirmava minhas palavras.

— Isso é um absurdo! Por acaso ele acha que eu sou alguma espécie de vagabunda para ser feita de moeda de troca? — Creio que essa seja a primeira vez que vejo a princesa irritada. Ela respirou fundo algumas vezes antes de pegar a bolsa e desamassar o vestido, se é que dava para amassar algo naquele corpo. Se bem que Kim parece ter aumentado um pouco.

— Vamos, antes que eu perca a minha paciência. — Afirmei, e ela revirou os olhos.

— Reze para que eu chegue naquele hotel inteira. — Ironizou conforme seguimos para fora, cercados pelos seguranças. A mãe dela está na cidade e, para completar, o drogado não contou nada. Isso me faz pensar que talvez eu deva abrir a boca...

Seguimos para o meu carro e, quando já estávamos a caminho do apartamento, fiz um curto desvio.

— Pra onde pensa que está me levando, Haitani? — Como esperado, ela percebeu de imediato, e apenas virei para a direita, adentrando uma rua deserta e sem uma casa sequer. — Por acaso vai me matar e desovar meu corpo nesse breu?

— Deixa de ser desconfiada, boneca. Tenho uma casa à parte, com tanta segurança quanto o apartamento da Bonten. Fora que a ideia é ficar sozinho com você.

— Você é realmente insistente. Eu não vou transar com você, Haitani. — Ela revirou os olhos, e continuei dirigindo calmamente.

— Isso é o que vamos ver.

[...]

Estacionei na entrada da minha mansão particular e, assim que adentramos, Kim simplesmente parou e se sentou no sofá de luxo antes de me encarar.

— Você vai me manter aqui até quando? — Ela questionou, cruzando aquele belo par de pernas. Eu a encarei, fiz menção de acender um cigarro e ela pediu que não fumasse. Como tenho a intenção de levá-la para a cama, deixei o cigarro de lado.

Karma | SanzuOnde histórias criam vida. Descubra agora