SANZU
A cada ato de Kim eu consigo ficar mais puto. Minha mulher anda escondendo tantas coisas de mim e ainda assim acha que tem o direito de agir como se o culpado de toda essa merda fosse eu.
-- Querida... -- Comecei a falar enquanto ainda estávamos no carro. -- Tem algo que você esqueceu de me contar a seu respeito?
-- Hum... Deixe-me pensar, não. Não tem não. -- Ela ajeitou os cabelo e desviei o olhar do transito por um minuto apenas para olhar a barriga que não tem nenhum sinal ainda, mas os seios dela... Lambi meus lábios e voltei a encarar a estrada.
-- Você deve adorar o perigo para mentir tão descaradamente pra mim.
-- Você acha? Pra mim é apenas uma rotina.
Essa desgraçada.
-- Aproveita que eu estou de bom humor Sanzu e pergunta de uma vez o que quer saber, sem rodeios. -- Em momento algum Kim olhou pra mim, continuou encarando a paisagem e essa indiferença está me dando nos nervos.
-- Quando pretendia contar que foi a responsável por quebrar um dos muitos esquemas ilícitos da sua gangue?
-- Nunca. Até mesmo por que isso não diz respeito a vocês. Sabe o problema é querer se meter nos assuntos dos outros, eu não me incomodo com o que você faz, afinal de contas não é como se eu tivesse muitas escolhas, entretanto não sou idiota Haruchiyo e o que acontece na gangue fica na gangue, mesmo que eu não pertença mais a ela. A minha lealdade é somente a mim mesma, já que vocês descartam pessoas como eu, como se não fossem nada.
Continuei dirigindo em silêncio esperando que ela dissesse alguma coisa.
-- Sabe muito bem que não é assim que funciona.
-- Não venha me dar bronca ou querer discutir um sistema desgraçado de hierarquia de poder ao qual eu fui obrigada a engolir desde cedo. Eu sei do meu lugar e tenho agido nos conformes com você, não é mesmo? Sou a sua bela e deliciosa esposa submissa que nunca trará problemas, então pelo seu próprio bem, deixa esse vespeiro quieto.
Adentrei a garagem do prédio e parei numa vaga qualquer, entretanto mantive o carro ligado.
-- Por acaso isso foi uma ameaça? -- Apertei meu volante a encarando e ela fez o mesmo.
-- Entenda como quiser. Eu não vou falar mais nada, mas permaneço sendo fiel ao nosso contrato, tudo que acontece nesse casamento fica entre as quatro paredes da nossa casa, como deve ser.
Não gostei nenhum um pouco do que ouvi, mas não sou idiota em querer acabar com essa falsa perfeição, mas ficarei mas atento já que, ela claramente está preparando alguma coisa. Destravei a porta e deixei que ela saísse, fiz o mesmo e segundos depois segurei em seu braço.
-- Nunca mais me ameace ou voltará a ser tratada como uma vagabunda qualquer.
-- E quando foi que você aprendeu a agir de outra forma? -- Kim puxou o braço e seguiu para o elevador, eu puxei minha arma encarei ela, encarei a porra da arma e guardei novamente. Eu preciso dar um jeito de me acalmar por que essa mulher está acabando com a porra da minha paciência e além de não poder matá-la, creio que mesmo que eu pudesse, não é algo que eu quero, e senti ela se afastando deixa tudo pior, porra Kim o que você fez comigo sua maldita!
[...]
Naquela noite eu não voltei para casa, eu passei em uma das boates da Bonten, fazia tempos que eu não usava tanto, porra que desgraça! Tomei um banho e troquei de roupa, me encarei no espelho vendo que meus olhos ainda estão um pouco vermelho e com isso decidi que não iria para casa tão cedo.
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Karma | Sanzu
FanfictionEu tenho um problema que possui nome, sobrenome e vinte e três centímetros, fora o temperamento de merda. Haruchiyo Sanzu é a perversão em formato humano e eu sou aquela que vai tirá-lo do sério. Imagem: @kiui_oishi_ Twitter Dark romance - AU| +18 ...