2/3 - maratona.
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Maraisa.
Merda! Marília puxou minha saia para baixo, endireitou minha blusa e ajeitou meu cabelo antes mesmo de eu perceber o que estava acontecendo. Mas estava tão preocupada com a minha aparência que nem percebeu como ela mesma estava.
Em pânico ao ouvir o rangido da porta se abrindo, peguei o que encontrei mais perto e arremessei contra a situação ofensiva.
Mas... era um copo grande de café.
Quando o copo acertou o alvo, a tampa se soltou e todo o líquido caiu na calça de Marília. Justamente quando Jake estava entrando.
— Que porra é essa? — Marília berrou.
— Desculpa, eu... foi um acidente.
Jake franziu a testa e fechou a porta.
— Vocês duas perderam o juízo. O escritório inteiro consegue ouvir a confusão aqui dentro. Parecem duas gatas brigando.
Marília abriu a primeira gaveta da mesa, pegou um maço de guardanapos de papel e tentou secar a calça.
— Não é o que está pensando — falei. — No começo estávamos discutindo, sim. Mas depois nós... encontramos um jeito mutuamente benéfico de resolver a situação. Iamos telefonar para o cliente quando, sem querer, bati a mão no café de Marília ao tentar alcançar o telefone.
Jake me olhou desconfiado. Parecia não acreditar em uma palavra do que eu dizia. Mas Marília confirmou minha versão, ainda secando a calça molhada.
— Já resolvemos tudo, Jake. Pedi desculpas pelas coisas que disse na sua sala, e nós... fizemos as pazes. O café foi um acidente.
Ele olhou para nós duas, ainda desconfiado.
— Talvez vocês devam levar essa história para fora do escritório. Vão beber ou comer alguma coisa. Fazer amizade. É por minha conta.
— Comer alguma coisa. — Marília assentiu. Notei o tremor no canto da boca, mas Jake não percebeu nada, felizmente. — Ótima ideia. Obrigada, Jake.
Nosso chefe resmungou alguma coisa sobre estar velho demais para essa merda e saiu da sala de Marília, onde ficamos as duas sozinhas de novo. Ele até fechou a porta.
— Que porra? — Marília apontou para a calça encharcada.
— Estava manchada. Um pingo.
— Quê?
— Uma gota enorme. Sabe? Garoa antes da tempestade. E uma ereção.
— E sua reação foi jogar um copo cheio de café no meu pau, em vez de, sei lá, me dar uma pasta para eu pôr na frente?
Comecei a rir. Mas no fundo ela mereceu pelas merdas que falou.
— Entrei em pânico. Desculpa.
— Pelo menos tinha esfriado.
Cobri a boca, mas não consegui evitar um sorriso.
— Isso foi... completamente insano.
O sorriso de Marília era arrogante.
— Foi uma delícia.
— Não pode acontecer nunca mais.
— Ah, mas vai acontecer, com toda certeza.
— Você agiu como uma descontrolada.
— Na próxima briga, vou te deitar no chão e encher sua boca com meu pau. Aqui mesmo, nesta sala, sem trancar a porta.
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Irresistível | G!P
FanfictionApós a fusão de duas grandes empresas de publicidade, Maraisa e Marília "duelam" pela mesma vaga de diretora criativa. Uma disputa irresistível se inicia: as cartas estão na mesa, que vença a melhor. "Talvez haja uma linha tênue entre o amor e o ódi...