Primeiro de dezembro

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Primeiro de dezembro

Querida Eu,

Estamos grávidas.

Não era exatamente o que planejávamos, era?

É uma longa história, mas aconteceu quando fomos a Minnetonka com a mamãe há dois meses. Lembra do cara bonitinho que conhecemos no bar quando saímos escondidas, depois que a mamãe dormiu?

É isso aí. É dele.

Parecia um cara legal.

Até nós aparecermos na casa dele para contar que estamos grávidas, duas semanas atrás, e... a esposa dele abrir a porta.

Esposa! O cretino falou que não tinha nem namorada!

Ainda não contamos para a mãe. Ela não vai ficar feliz.

A única pessoa no mundo que sabe é a Marília. Um dia depois de eu contar, ela veio de carro passar o fim de semana em casa para ter certeza de que estávamos bem. Fingimos que sim. Mas não estamos, na verdade. Queria estar esperando um filho de Marília. Ela seria muito boa para nós e uma boa mãe. Amo a Marília de verdade, um amor diferente daquele que existe entre amigas.

Esse poema é dedicado a Noah ou Lilly.

Trovões ecoam lá no alto nuvens negras se juntam no céu um dia o sol vai brilhar.

Esta carta se autodestruirá em dez minutos.

Anonimamente,

Luísa.

Irresistível | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora