nick

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- nick!! Nicholas!

Escutei alguém me chamando e batendo na porta, eu tinha acabado de sair do banho. Coloquei e short e tentei secar o cabelo com a toalha antes de abrir a porta.

Abri e vi charlie eufórico com o cll na mão, os olhos brilhando e os cabelos bagunçado.

-eles me chamaram!

- oq? Do que vc tá falando?

-  vai ter um conserto em um estádio aqui perto para jovens iniciantes na carreira de baterista e eles me chamaram!! - ele falou pulando que nem um cabrito. No impulso acabei abraçando ele, senti as mãos dele no meu cabelo molhado e as minhas na sua cintura, Rodei ele no ar.

- cara isso é muito bom! Muito bom mesmo! - falei ainda rodando ele.

- nick acho que tô ficando meio tonto - coloquei ele no chão de volta.

- vc vai se dar super bem, tenho certeza. -Nossos olhos se encontraram e senti borboletas na minha barriga.

- brigado, queria saber se vc queria ir...se vc puder é claro.

- é claro que eu quero ir! Eu iria mesmo vc não me chamando -falei alegre e senti vontade de o abraçar de novo. Ficamos nos olhamos por mais um minuto e charlie se afastou.

-eu vou contar pra sophie, ela vai pirar quando souber! -  ele saiu do quarto. Charlie e sophie viraram muito amigos depois daquela vez no restaurante. Nessas semanas comecei a duvidar de mim denovo, desde que charlie voltou eu me sinto como um adolescente de 16 anos denovo fazendo quiz pra saber se sou gay pq beijei o melhor amigo que já tive na vida.

As coisas tão diferentes. Deitei na cama, o nosso término foi tão bobo, depois que eu e charlie terminamos eu entendi oq as pessoas queriam dizer com vcs são o nick e o charlie, não sei explicar mas era incrível como eu e charlie nunca nos cansamos um do outro, nós nos viamos todos os dias da semana sem cansar.

Meio que senti falta disso essas semana(ou mais).
Meus dedos passaram pelo meu peito nu e notei que ainda estava sem camisa. Pensei naquela festa, naquela chuva, naquela briga idiota, eu no carro esperando ele voltar e pedir desculpas e falar que me amava, que estava errado, que não queria terminar e a gente voltasse a ser como era antes.

Pensei em como era bom passar as tardes com ele, pensei em todas as vezes que eu saia do treino de rubgi do time da escola e ele estava lá me esperando, pensei em quando voltamos de ônibus quando estava muito frio e como nos caminhávamos para a casa de um de nós quando estava calor, pensei na gente brincando com os cachorros e em como ele aumentava o volume do rádio pra ninguém escutar oq estávamos fazendo dentro do quarto ou como eu tirava 50 fotos dele por dia.

Senti as lágrimas começarem a cair nas minha bochechas, não sei se quero corre pra longe ou corre de volta pra ele. Meu cll começou a tocar e eu fui atender, olhei pra ver quem era e adivinha? Meu pai. Não queria atender para ouvir as mesmas coisas.

- alô?

- oi filho, então..eu tive uns imprevistos aqui e vou ter que adiar o dia que vou aí te ver. Tudo bem?

- ss, eu tbm ia te ligar pra falar eu tenho um compromisso pra ir que não posso faltar então acho que não iria dar mesmo.

-ha ok, eu te mando mensagem quando eu puder.

-ok, tchau

- tchau. - desliguei e coloquei o cll de lado. Eu oficialmente estava chorando, era normal ele não aparecer tanto mas eu sempre fico cabisbaixo e tbm pq eu já estava pensando em coisas tristes antes. Eu só precisava aliviar, nada demais.

come back to me. please?Onde histórias criam vida. Descubra agora