onze

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➙ Olha só quem apareceu depois de 25 dias sem atualização? Exato, eu. Aproveitem a leitura e ignorem qualquer erro porque eu estou com a vida muito corrida para revisar o capítulo kkkk.

 Aproveitem a leitura e ignorem qualquer erro porque eu estou com a vida muito corrida para revisar o capítulo kkkk

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Acorde, sussurrou aquela voz insistente como um sopro. Calia, precisa voltar para nós. Brielin precisa de você...

Abri os meus olhos sentindo dificuldade graças aos raios de sol que caiam sobre a minha cabeça. Algo subiu a minha garganta, como uma vontade absurda de vomitar mesmo que sentisse o meu estômago completamente vazio. Meu corpo chacoalhava conforme sombras de árvores passavam por mim e notava que eu estava sobre alguma coisa com rodas, como uma carroça ou algo parecido.

Virei o meu pescoço e coloquei uma das minhas mãos acima dos meus olhos para que eu conseguisse me acostumar com a luz e finalmente percebesse que, de fato, estou em uma carroça, mas há muitos tecidos que cobrem o meu corpo, quase como se eu estivesse sendo escondida. Não só tecidos, mas ao meu redor notei caixas de madeira onde enxergava plantas aleatórias que surgiam em suas superfícies. Parecia tudo tão claro e tão confuso, as imagens aos meus olhos pareciam borradas.

Algo estava diferente. Minhas costas queimavam, minha pele queimava. Minha cabeça estava terrivelmente pesada e meus sentidos pareciam estranhos.

Conseguia ouvir o som das folhas das árvores em movimento após o contato de uma brisa fria que parecia dançar entre os galhos e ia para diferentes partes. Conseguia sentir um gosto na ponta da língua, algo que não podia ser comparado a nada que já provei ou senti verdadeiramente antes. Era como se uma enchente de sabores invadisse a minha boca, como um riacho crescente que dava vida para tudo ao seu redor. Uma corrente que parecia banhar tudo, desde a terra no chão até as mínimas partículas de oxigênio que invadiam os meus pulmões, até mesmo toda a matéria da minha pele, carne e ossos. Vida.

Eu conseguia sentir o gosto da vida em meus lábios, de forma tão aguçada e tão natural que parecia fazer parte de mim e de quem eu sou há tempos. Mas não era apenas isso, era algo a mais, pois assim como um rio banha e traz água a toda uma floresta, o que eu sentia era muito mais que apenas algo comum da natureza em que existo. Meus sentidos se aguçaram e eu pude ver os pequenos e logos fios de energia que se espalhavam por todas as partes em mais diversas cores. Sim, cores. As árvores, os pássaros, o céu. Absolutamente tudo parecia mais vivo, mais claro e fios de energia pura era o que fazia tudo ao meu redor estar daquela forma.

Ou eu devo ter batido a minha cabeça muito forte ou eu morri para estar vendo algo que parece ser de uma espécie de plano espiritual.

— Ela acordou. — Anunciou uma voz masculina familiar, então senti a carroça parar de se mover e o som das botas de alguém se chocarem contra o chão de terra.

Em um tipo de instinto de sobrevivência, levei uma das minhas mãos em direção a minha coxa direita em busca de encontrar uma adaga que sempre deixava de prontidão, porém não achei nada e me encontrar desarmada me trouxe um tipo de medo.

ARCANE | Lee HeeseungOnde histórias criam vida. Descubra agora