Melione era muito mais que uma simples nação isolada de um mundo que já sofrera guerras e destruições há séculos atrás. Melione carregava uma história, um legado, seis famílias e seus pequenos reinos que sacrificaram tudo o que tinham para que a paz...
Eu não revisei absolutamente nada desse capítulo porque estou com sono e ansiosa. Então peço para ignorarem meus erros de gramática e as vezes algumas coisinhas sem sentido. Obrigada!
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Em um vasto salão de pedra, as grossas paredes erguidas como muralhas testemunhavam séculos de história e intriga. À mesa de pedra, esculpida com intrincados detalhes, os líderes reunidos pareciam figuras esculpidas em uma tapeçaria de guerra e política. Marcas de batalhas passadas adornavam as faces endurecidas dos homens e mulheres ali presentes, testemunhas silenciosas dos conflitos que assolaram Saron durante milênios.
A atmosfera pesada do salão parecia impregnada com o peso do destino, cada murmúrio ecoando como um trovão distante, anunciando a iminência da batalha. Sob a luz filtrada pelas altas janelas estreitas, os semblantes dos presentes revelavam uma mistura de determinação e apreensão, cada olhar carregado de expectativa e temor pelo que o futuro reservava.
Heeseung e eu levamos duas horas de voo sobre a cordilheira até chegarmos em Jiērk, a cidade aninhada entre as montanhas onde está sendo realizada essa grande reunião. E eu digo grande porque vejo que toda a família real está aqui, junto a todo o mais alto escalão dos exércitos saronianos. Além de que a cidade está infestada por milhares de soldados vestidos com suas armaduras brancas e acampamentos já estão sendo montados nas redondezas.
Me vi com um alvo nas costas assim que alguns dos principais comandantes naquele salão colocaram os olhos em mim, mas desviaram no momento em que Heeseung passou a mão por minha cintura e me prendeu ao seu lado por todo aquele tempo. Não queriam a minha presença, sentia isso com todo o gosto amargo de desprezo que se formava em minha língua graças a energia exalada daqueles homens e mulheres saronianos. Só estava aqui porque Heeseung quis. Porque ele é o Príncipe Kian, o Herdeiro. Aquele que se tornará rei. Descendente de Arik. Mesmo que não concordem, todos respeitam suas decisões e agora precisariam aceitar que uma melioniana estava entre eles e saberia das suas principais táticas de guerra.
O murmúrio constante no salão cessou abruptamente quando as imponentes portas se abriram, revelando a figura da mulher que se tornara minha adversária antes mesmo de eu saber seu nome. Ela adentrou o salão acompanhada por uma escolta de guardas pessoais, sua presença envolta em uma aura de autoridade e mistério. Seus cabelos, outrora brancos, agora tingidos de negro, moldavam-se em contraste com sua pele pálida, enquanto seus olhos azuis, penetrantes, adquiriam um leve tom rubro ao fixarem-se em mim, então seguiram em direção a mão de Heeseung colocada sobre a minha cintura.
A cicatriz em seu belo rosto ainda se fazia presente, uma deformação graças a minha adaga. Um passado onde eu enxergava todos os saronianos como meus inimigos mortais e é dessa forma como ela me vê.
— Não se mostre nervosa na presença dela — Heeseung sussurrou para mim, enquanto suas sombras começavam a contornar nós dois, semelhante a uma forma de defesa. — Se quiser que ela confie em você, deve mostrar segurança.
