Cap.2 - A Fúria dos Homens

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O ano estava quase ao fim, se um profeta dissesse o que aconteceria no ano seguinte, quem ouvisse viveria noite e dia esperando sua vez de morrer. Em Ilha Veneno, ao Sudeste da Terra Conhecida, Elza recebia em Rosa Venenosa seu irmão Ronnel Ultul, sua cunhada Veyla Ultul e seus dois sobrinhos, Fael de 4 anos e Heron de 2. Elza viajou com uma comitiva de trezentos soldados e com seus dois filhos, Violeta Grimm de 2 anos e Engy Grimm de 1, de Jardim Negro até o oeste da ilha para o reino Rosa Venenosa. Agnes Grimm, ficou em Jardim Negro, reinando, atendendo pedidos, criando leis e preparando o castelo caso os Pimple ou os Wyrm tentem atacar.
Na visão de Agnes, os Pimple têm mais do que ninguém motivos para destruir sua família e os Wyrm pelo ataque ao seu navio de suplementos de guerra. Rolly entenderia os motivos de afundar aquele navio.

Enquanto isso, Rolly estava em seu quarto, deitado sobre sua cama, já faz três semanas que ninguém trocava suas cobertas de cama, estavam amareladas e fedem. O rei ruivo tinha olheiras tão escuras que pareciam hematomas e sua barba estava tão malfeita que poderia facilmente ser confundido com um selvagem. Um guarda anunciava do lado de fora a chegada de Collen Tayger, o conselheiro. Rolly não expressou nenhum sentimento e continuou deitado, até que o guarda também anunciou a chegada de seu primo, Pendragon Wyrm. Seus se arregalaram. Pendragon havia fugido a anos de Cidade Magma. O que poderia ter acontecido agora? Pensou Rolly.

—Majestade. —Dizia Collen fazendo uma reverência com a cabeça e logo em seguida Pendragon repete as mesmas palavras e a mesma ação.

Rolly levantou-se da cama. Usava uma túnica de seda branca, seu peito estava exposto, uma calça de couro marrom e estava descalço. Pendragon encarou seu primo, após anos, a última vez que o viu foi o dia que encontraram os ovos em Grande Vulcão. Todos estavam em silêncio, Collen não ousaria falar primeiro, até que Pendragon andou rápido em direção a Rolly e o abraçou. Os olhos azuis do rei ruivo se enchem de água.

— Eles eram tão pequenos, tão frágeis... — Dizia enquanto lágrimas quentes escorriam pelo rosto.

— Eu sei, eu sinto muito! Eles estão com Asteron agora, não podemos trazê-los de volta. — Pendragon afastou seu primo com os braços e as mãos em seu ombro. — Mas podemos fazer com que aqueles que causaram isso, possam pagar pelo que fizeram.

— Senhor! — Collen cortou a conversa. — Está sugerindo uma guerra contra os Grimm? Isso não trará paz e nem sua família de volta! Muitos inocentes morrerão.

— Collen... — Rolly saiu da frente de seu primo.

— Sim, majestade.

— Obrigado, por estar aqui, por estar do meu lado, você me serviu muito bem como conselheiro. Vá pra casa.

— Está me dispensando senhor? Majestade, o povo de Morro Alto colocou fogo em minha casa. Por pouco eu e Alys não saímos com vida.

— Fornecerei terras e construtores para servirem a você, pelos anos que me serviu como conselheiro.

— Majestade... Por favor, uma guerra...

— Vá Collen, eu nomeio Pendragon Wyrm como meu conselheiro.

O primo ruivo ajoelhou-se sobre um joelho. Collen se sentiu traído. Rolly nunca o ouviu desde que perdeu sua família, todos os conselhos foram ignorados e o caos se espalhou. Quase perdeu a vida pelo reinado de Rolly. Saiu de Pequena Colina e foi para a cidade do castelo com sua irmã Alys. Pendragon não perdeu tempo como conselheiro e já compartilhou informações que seu rei usaria para se vingar. O trono de Pequena Colina estava ocupado novamente. O crepúsculo daquela manhã foi de muita conversa e estratégias.

— Então os Pimple se juntarão e podemos tomar a Ilha Veneno desde Lírio Venenoso até o Jardim Negro. — Dizia Pendragon para o comandante da Guerra. Um homem velho, porém, muito experiente. Sir Dalwin de Vila Gaivota.

O Prelúdio Da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora