Cap.5 - Que seja Guerra

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Vamos voltar meio ano, em 10 DC aconteceu muita coisa que não foi relatada corretamente, como, por exemplo, o que aconteceu com Adriana Zera, capturada pelo irmão de Elza, Ronnel Ultul? Os reinos do Deserto entrarão na Guerra Continental? O que aconteceu com Madarda, Saimon e seu Alce-Gigante Ben? O que era o coração negro pulsante no início dos relatos? Pendragon vai saber cuidar de quatro Dragões? Atoros se dará bem na sua investida de casamento? E as Moedas de Sangue? Chegamos na metade dessa história, ainda há muito o que ser contado, muitos pontos de vista conexos e desconexos e mais.
Uma reunião foi formada por Scott Zera, Helena Zera, Markus Zera, Kaleb Zera e seus conselheiros, Gayus Goldstein. Gayus é considerado por muitas, um homem charmoso, de cabelos negros, curto, olhos violeta, pele clara, alto, pelo menos 1,93 de altura, quarenta e três anos, habilidoso na arte da luta e de uma família muito rica de Vila Real. O outro conselheiro era conhecido como Doc O Informante, um homem baixinho, tem pelo menos 1,62 de altura, ele diz que mede 1,70, barrigudo, bigode negro, nos seus Quarenta e seis anos, pele clara e adorava usar um macacão vermelho, dizia que o fazia parecer mais importante do que é. De fato, fazia. Quando não está se deliciando das tavernas, bordéis e estalagens mercantis, está coletando informações pelas vilas e castelos. A essa altura, Doc já sabe onde Adriana está, por isso a quarentena dos Zera em Vila Bela Moça não durou muito após seu desaparecimento.

- Ronnel Ultul está com Adriana em seu castelo. - Informou Doc.

- Os Ultul querem outra guerra, já vencemos duas vezes, a terceira não será diferente. - Disse Gayus, o chefe de guerra dos Zera.

- É, de fato, mas eles não tinham um Zera como prisioneiro. - Kaleb se mostrou frustrado. - Eles estão com nossa irmã!

- Forteancora é invulnerável a ataques, mesmo que sejamos a casa mais forte dos Rios. - Explicou Scott.

- Precisamos de algo que venha do céu, catapultas não seria o suficiente, mas...- Kaleb posicionou o símbolo de uma asa branca de madeira sobre o mapa, representava os Wyrm. - Rolly tem o que precisamos.

- Ele está meio ocupado, sofrendo a morte dos filhos. Precisamos de outro plano. Alguma sugestão?- Indagou Gayus.

- Eu tenho.- Helena se levantou de sua cadeira. Seus cabelos negros e lisos estavam presos por uma trança em forma de tiara. Caíram para trás em uma cascata. - Elza Ultul é irmã de Ronnel e esposa de Agnes Grimm, se ajudarmos Rolly e ao meu irmão, Anton a derrotar os Grimm, matamos dois coelhos em um único golpe.

- Está mais preocupado com a guerra de seu irmão do que com a guerra de sua cunhada?- Indagou Gayus em tom de deboche.

- Ouse falar assim de novo com minha esposa e eu cortarei sua garganta! - Markus se levantou também, apontando seu dedo indicador na cara de Gayus.

- Já chega! - Kaleb batia sua taça de prata na mesa de pedra para chamar a atenção. - A ideia de Helena não é ruim, se conseguirmos capturar Elza e trazer Rolly para o nosso lado, conseguiremos derrotar os Grimm e os Ultul.

- O que faremos majestade?- Questionava o Informante.

- Envie corvos para Begônia em Ilha Veneno e um para Forteancora, para Anton Pimple, diga que em breve, reuniremos nossos vassalos e os enviaremos para ele. Já para Ronnel, diga que os Zera estão indo para negociar.

- Vai negociar com eles?- Indagou Scott.

- Formaremos cerco, impediremos que ele se comunique com sua irmã fora do continente.

Ainda em 10 DC, Ronnel Ultul voltava de sua viagem. Após informar a sua irmã sobre as Moedas de Sangue, retornou para Forteancora. Adriana era prisioneira, mas não ficava em celas, Ronnel permitiu que ela andasse pelo castelo, sempre acompanhada de dois ou mais soldados. Três vezes ela tentou fugir e três vezes ela falhou e acabou sendo castigada. Para cada tentativa, Sir Roland Snakellow, o mesmo que esfaqueou Sir Fall pelas costas, açoitava Adriana com dez chicotadas. Na quarta tentativa, a rainha de Rolland, Veyla Ultul, a segurou pelo ombro e apenas balançou a cabeça em negação. Aquilo a fez desistir. Com o passar os meses, Adriana começou a fazer mais parte dos costumes dos Ultul. Começou até mesmo a jamta com eles. Ela odiava Ronnel e o Sir Roland, mas por alguma razão, pegou um pouco de afeição pela rainha Veyla. Nos momentos de leitura com ela em seus aposentos, Adriana tentava aprender a linguagem de sinais que ela e Ronnel inventaram para se comunicar.
A prisioneira era um pouco mais velha que a senhora da casa, Adriana tem seus trinta anos e Veyla seus vinte e cinco. Percebeu que ela passa muito mais tempo com Fael Ultul, seu filho de quatro anos do que com o bebê Heron de dois. Não entendia o porquê, e nem queria, queria apenas sua confiança. A personalidade forte de Adriana a atrapalhava nisso, todos esperam que ela vá atacar alguém, e de fato ela quer, mas aprendeu ser impossível de fugir de Forteancora e se conseguisse, soldados a encheriam de flechas antes mesmo de atravessar o Lago Anel.
As coisas começaram a mudar quando aquela carta, com o símbolo Grimm, chegou de Jardim Negro. Ronnel leu a carta apenas para seu pequeno conselho de Forteancora: " Os filhos de Agnes Grimm e Elza Ultul estão mortos."
Ronnel começou a diminuir a liberdade de Adriana gradualmente até que um dia a prendeu e uma cela. Era bem iluminada, tinha janela com grades para a rua, porém, solitária e a janela era muito alta para enxergar a rua. Alguns relatos de dentro do castelo nos contam que Veyla e seu filho Fael, iam quase todos os dias na cela de Adriana para lerem juntos. Aquela pequena parte do dia é o que salvou a Zera da insanidade.

O Prelúdio Da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora