O vestido ficou perfeito, sua seda fina e macia abraçou cada centímetro de minha silhueta, seu decote delicado se acoplam perfeitamente com as pequenas alças em meu ombro, suas pequenas partículas de brilho deixam o branco do vestido curto ainda mais bonito.
Olho para o reflexo no espelho e dou mais alguns retoques na maquiagem, passo mais uma camada do gloss cheiroso de melancia e acrescento mais máscara em meus cílios postiços.
Faço um belo coque deixando alguns, cachos trabalhosos que fiz pela tarde, caídos em meu rosto, espirro o perfume doce pelo corpo e respiro fundo como um toque final, levanto-me da penteadeira pronta para enfrentar o que quer que esteja lá fora.
Saio do quarto querendo rapidamente voltar para ele, escuta-se uma bela música vindo do lado de fora da casa, as vozes abafadas que escuto parecem estar felizes com a noite de hoje. Ultrapasso os arredores da mansão e chego ao jardim iluminado e decorado, esta tudo simples e extremamente bonito, há até um Luke perambolando por aqui mas não vou cumprimenta-lo da última vez ele me meteu em encrenca.
Há um numeroso grupo de pessoas bem vestidas por aqui mas ainda assim tem menos pessoas do que aquela noite de brindes a Samuel.
—Gyulia! —Lúcia se aproxima carinhosa.
—Lúcia, eu...
—Me desculpe não ter ido vê-la esses dias..eu estava tão atarefada com tudo isso, mas me diga o que você achou? —Pergunta referente a toda decoração da pequena confraternização.
Meus olhos se molham e eu a abraço calorosa:
—Achei que estava chateada comigo, pensei que não queria mais me ver. —E se isso fosse realmente verdade me partiria o coração.
—Está maluca? Eu que lhe devo desculpas, você fez algo por mim que ninguém aqui faria. —Retribui meu abraço ainda mais alegre. Alguém inoportuno chama Lúcia á respeito de alguns petiscos que estão na geladeira e não no forno. Lúcia teve de sair para verificar esta situação.
Procuro Rute pela multidão, de maneira rápida eu a encontro vestindo um lindo vestido longo amarelado, Rute está maquiada e muito feliz.
—Minha linda, Gyulia! Graças a Deus saiu da toca. —Faz graça.
As pessoas aqui estão todas de bom humor e não praguejando meu nome como minha ansiedade fez-me imaginar, talvez oque eu tenha feito não tenha sortido tanto efeito assim.
—Eu queria muito poder te dar um presente mas tudo que tenho hoje, é um abraço. —Exclamo em piada.
—E é mais do que suficiente! —Rute me coloca em seus braços em um aperto caloroso.
—Eu espero que este dia seja tão especial como você é, Rute! Obrigada por ter me tratado tão bem esses dias...espero que você possa comemorar esse e muitos mais anos de vida! —Sorrio sincera.
—Claro que vou! E você vai estar aqui comemorando comigo ao lado de Lorenzo.
Espanto-me com seu comentário, dona Rute o exerce de forma tão natural que parece nem se ligar no que falou.
—Rute, minha querida!—Um homem alto e muito bonito beija as costas da mão de Rute a fazendo rir.
—Ah, por favor Roberto! Não seja carinhoso demais porque eu posso me apaixonar. —A mulher faz uma brincadeira com as mãos no rosto. Dou risada. —Essa é minha querida, Gyulia. Gyulia este é Roberto um grande amigo da família.
Roberto pega carinhosamente minha mão e a beija:
—É um prazer conhecê-la.
Sorrio tímida, ninguém nunca beijou minha mão assim antes.
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Em suas mãos
RomanceOs respingos de sangue se chocam em meu vestido vermelho clássico, um tanto curto demais. O barulho de estouros estalam os meus ouvidos fazendo-me incômodo com o agudo que agora, ecoa em minha mente, os homens bem vestidos que me prenderam nesta sal...