Capítulo 16

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Faltava um dia para as finais do Exame Chunnin. Sayuri nem acreditava que o mês havia passado tão rápido. O mês havia sido marcado por treinamentos excessivos e exaustivos, mas que valeriam a pena no final. Sayuri havia tirado o dia para descansar, pois sabia que deveria guardar as suas forças para amanhã.

Por isso ela resolveu ficar no seu quarto de música tocando um pouco no seu piano. Sayuri amava música de várias formas possíveis. Ela amava ouvir, tocar e cantar músicas, mesmo que não soubesse cantar tão bem assim. Ela tinha aprendido a tocar piano aos nove anos e era uma de suas paixões. Aos onze, ela ganhou um piano de presente de aniversário e desde então, ela tem tentado aprimorar suas habilidades cada vez mais. Em sua casa havia um quarto de música, que era um quarto desocupado que guardava seu piano e outros instrumentos da família bem como algumas estantes repletas de livros. Afinal, Sayuri também era uma leitora assídua.

Naquele momento, Sayuri brincava com as teclas, enquanto escolhia uma música para tocar. Ela logo lembrou-se de Gaara e seus olhos vieram a mente. Ela começou a tocar então Lonely Eyes, permitindo-se pensar nele.

Os sons graves e os sons agudos da música se entrelaçavam de modo harmonioso. Sayuri sentiu seu coração ficar pesado ao lembrar da dor que vira nos olhos dele e a solidão... ele não tinha ninguém... talvez por isso ela desejava tanto ser alguém para ele. De alguma maneira. Lembrou-se da última conversa que teve com ele e começou a cantar baixinho. A música era mais ou menos assim:

Não quero ser rude
Mas há coisas em mim que vejo em você

Olhos solitários
Ele tinha aqueles olhos solitários
Eu só sei porque eu os tenho também
Olhos solitários
Não, você não precisa se esconder
As coisas que você sente por dentro, eu também sinto

Porque estou sozinha como você
Porque estou sozinha como você

Sayuri fechou os olhos por um instante. Apenas sentindo as vibrações que a música causava em seu corpo, mente e coração. Sayuri abriu os olhos e voltou a cantar.

Aproveite o silêncio
Entre nossas pálpebras
Onde você está, eu também estou lá
Podemos falar línguas diferentes
E podemos ter diferenças
Mas onde você está, eu também estou lá

Não quero ser rude
Mas coisas em mim que vejo em você

Olhos solitários
Ele tinha aqueles olhos solitários
Eu só sei porque eu os tenho também
Olhos solitários
Não, você não precisa se esconder
As coisas que você sente por dentro, eu também sinto

Porque estou sozinha como você
Porque estou sozinha como você

Os tons graves do piano indicavam que a música havia chegado ao fim. Sayuri fechou o piano e encostou a cabeça entre as mãos. Na verdade, ela não compreendia a solidão de Gaara e talvez ela nunca compreenderia. Mas ela queria entender ele. Ajudar ele. Ela só não sabia como ainda.

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Sayuri estava indo até o hospital novamente. Dessa vez não iria visitar somente Lee, mas iria ver como Choji estava. Ele havia sido internado por indigestão e seu irmão já estava lá no hospital. Mas primeiro iria ver como Lee estava, ela estava levando um buquê de lírios brancos como da última vez, porque ele tinha gostado.

— O QUE VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO AQUI, SEU TRAÍRA?! — Sayuri ouviu alguém gritar e reconheceu ser a voz de Naruto.

Ela saiu correndo para ver o motivo do grito e ao chegar na porta, Sayuri largou o buquê de lírios e o deixou cair no chão. Gaara havia envolvido sua areia em volta de Rock Lee, como havia feito antes quando estava tentando matá-lo. Seu irmão havia conseguido parar ele usando seu Jutso Possessão das Sombras.

Lovely Lily #1 - Sabaku No GaaraOnde histórias criam vida. Descubra agora