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Narradora point of view

      Enquanto tudo acontecia de uma vez só em Outer Banks, John B e Sarah estavam vivendo uma aventura em conjunto, algo que os amigos do cabeludo jamais poderiam imaginar.

— Não podemos entrar na faculdade assim — Sarah dizia analisando os trajes sujos e suados de ambos.

Ela olhou em volta e sorriu ao ver uma loja de roupas conhecida pela garota, e então segurou a mão de John B e seguiram em direção à loja.

— Sarah, tudo aqui é muito caro. — Disse o cabeludo olhando a etiqueta de todas as camisas.

— Ei relaxa, serei sua sugar mommy — A mais nova brincou com o mais velho que a olhou surpreso pela sua fala.

Após muitas trocas de roupas, lá estavam eles, seguindo em direção à faculdade de Chapel Hill. Sarah cruzou os braços e encarou o lugar de cima a baixo.

— O que foi? Vai amarelar? — Perguntou John B fazendo a mesma sorrir.

— Sabia que meu pai quer que eu estude aqui? — Ela disse enquanto caminhava pela entrada do local. — O avô dele estudou aqui, e o pai dele, e ele e agora ele quer que eu estude também. — A garota suspirou entre sua linha de raciocínio — E Wheezie vai estudar aqui também, é um ciclo vicioso nessa maldita bolha.

— A vida na bolha não é mil maravilhas, Sarah Cameron? — A mais nova riu sem ânimo e encolheu os ombros encarando John B.

— Não podemos usar nossos nomes — Os dois fizeram poses de como estivessem pensando em algo. — Que tal Vlad.

— Vlad, hm gostei.... E você vai ser Valerie.

— Hmmm Valerie de Keback. — Sarah gargalhou junto de John B. As risadas foram cessadas assim que o som estridente do celular de Sarah, ecoou pelo local. — Oh meu Deus, é meu chefe!! — Disse a garota com sotaque francês se referindo ao seu pai, John B fingiu estar surpreso com a confissão da loira. — Disse a ele que dormiria na casa da Scarlett.

— O que será que ele acharia se soubesse que você está com o inimigo? — John B entrou na brincadeira da garota que sorriu olhando para ele.

— Seria enforcada, por traição.— John B finge surpresa colocando a mão na boca.

— Acho que você não está com a Scarlett. — Sarah deu de ombros e seguiu em direção a entrada.

— Estou com alguém melhor que ela. — A loira proferiu mordendo os lábios tentando conter o sorriso.

— Ah é? E quem seria o sujeito? — John B parou de andar assim que Sarah se apoiou em uma árvore e encarou o cabeludo.

— Ele tem uma mania estranha de fazer arminha com os dedos. — John B fingiu estar ofendido e colocou uma de suas mãos sobre o peito. — E ele também nunca sabe quando é pra dar em cima. — Sarah sorriu sem mostrar os dentes e então se virou seguindo seu caminho deixando John B plantado ainda anestesiado pela fala da garota.

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— Tudo bem Sancho, agora que estamos dentro eu preciso saber o que viemos fazer aqui. — Sarah parou John B que encarou a garota extremamente determinada em saber.

— Estamos em uma caça ao tesouro. — Um silêncio pairou no ar mas, foi cessado quando Sarah disparou em gargalhadas.

— Ah merda, você tá falando sério. — A mais nova parou de rir vendo a expressão séria de John B.

Os dois seguiram em direção à biblioteca onde acessaram os arquivos referentes à caça ao tesouro. Sarah estava intrigada com tudo aquilo que estavam descobrindo, o fato de haver sim um tesouro deixava a menina cada vez mais curiosa e ansiosa por ir mais a fundo.

— Por que no dia que ele seria morto, ele deixaria uma carta para o filho em uma língua que só eles entendiam ? — Sarah questionou ao passar a mão pelo documento antigo. John B então, tirou uma foto da carta e guardou a mesma junto dos outros pertences.

— Era como se ele soubesse que iria morrer...

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Amber Thornton point of view

      Ainda estava sem acreditar no que de fato aconteceu. Shoupe estava nos mostrando o vídeo das câmeras de segurança, onde dava para ver claramente JJ e Pope afundando o barco de Topper.

Coloquei as mãos na boca ainda desacreditada. "Por que eles fariam isso?". Meu pai estava furioso, ele andava de um lado para o outro e vez ou outra me olhava, o que me causava arrepios.

Topper estava debruçado sobre seus joelhos, ele não parecia surpreso com a ação dos meninos, o que faz me questionar que algo havia acontecido antes da situação com o barco.

— Quero que ele se responsabilize pelos danos. — Disse minha mãe firme, arregalo os olhos e me manifesto pela primeira vez.

— É muito dinheiro, eles mal tem luz como quer que paguem pela indenização do barco? — Topper segurou meu braço me alertando para parar de falar mas eu me desvencilhei de seu toque.

— Pensasse melhor antes de fazer o que fez.

— O Pope tem dezessete, pode responder como adulto... — Sentia meu coração apertar a cada palavra de Shoupe.

— Faça o que tem que ser feito! — Meu pai se manteve em silêncio, apenas me analisando, enquanto minha mãe dava as regras.

— Senhora Thornton, Pope é um menino de ouro, os Heyward são muito respeitados em Kildare, e...

— Por favor, pode apenas fazer o que mandei ser feito? — Shoupe assentiu e levantou do nosso sofá, ele se despediu e então saiu de nossa casa.

Me levantei do sofá e fui em direção ao meu quarto, bati a porta com toda a força que eu reuni e simplesmente gritei o mais alto que pude, encostei meu corpo contra a porta e desci até que estivesse sentada no chão.

— Isso não pode estar acontecendo.

𝐌𝐘 𝐇𝐎𝐏𝐄, 𝙟𝙟 𝙢𝙖𝙮𝙗𝙖𝙣𝙠Onde histórias criam vida. Descubra agora