Narradora point of view
— Tem certeza que estamos no lugar certo? — Kiara perguntava enquanto passava entre os galhos.
— Só pode ser aqui, é o único muro de pedra.
— Vocês sabem quem mora aqui certo? — Amber perguntava parando e cruzando os braços.
— A casa dos Crain, ótimo lugar para esconder ouro. — JJ parou e inspirou fundo. — Ótimo cheiro de velha maluca que assassina maridos. — Os quatro deram risada das falas de JJ que os olhou incrédulo colocando as mãos na cintura. — Eu 'tô falando sério gente.
— Aham, nós sabemos JJ. — Pope proferiu enquanto voltava a caminhar.
— Como sabe dessas coisas?
— Hollis foi minha babá.
— Hollis Crain? — JJ assentiu enquanto os amigos olharam para ele sem entender.
— Ela me contou as histórias da mãe, que ela assassinou o marido a sangue frio! — Amber revirava os olhos enquanto escutava as baboseiras vindas da boca do mais velho. — Me disse que em uma noite, eles estavam brigando e de repente tudo ficou silencioso, na manhã seguinte a mãe disse que o pai havia ido viajar.
Os quatro pararam para ouvir melhor o loiro, que fazia suspense ao contar a história. Amber sabia que aquilo era mentira, bom era o que ela achava.
— Ela via a mãe saindo e entrando da sala de estar, e em um dia ela decidiu usar o banheiro externo e adivinha? — JJ ficou em silêncio enquanto seus amigos o olhavam curiosos.
— Anda logo, Jay.
— Ela abriu a privada e lá estava a cabeça do pai dela, olhando diretamente para os olhos dela.
— Isso é mentira! — Kiara revirou os olhos enquanto cruzava os braços.
— Acreditem se quiserem. — Disse balançando os ombros.
— Vamos voltar ao foco. — John B dizia enquanto olhava em volta. — Pope, Kiara e JJ vocês procuram no quadrante noroeste, Amber nós vamos pelo nordeste.
— O quadrante da decapitação!
— Deixa de ser maluco. — Pope dizia enquanto empurrava JJ. — O que estamos procurando?
— Água!
— Tipo de água de bong?
— Não JJ, água tipo um poço sei lá! — Kiara revirou os olhos enquanto massageava as têmporas. — Vamos logo. — Disse puxando JJ e Pope consigo.
Amber caminhava calada ao lado de John B. Não era um silêncio ruim, era um silêncio de "ei não está na hora, mas vamos conversar em algum momento".
— E você e o JJ?
— E você e a Sarah?
— Touché. — John B respondeu fazendo Amber rir. — Eu não sei, ela é legal.
— Não definia minha melhor amiga somente como legal, John. — Amber cruzou os braços parando e fazendo John B encara-la. — Sabemos que ela é muito mais que isso.
— Quem sabe. — John B desviou o olhar da mais nova, observando seus amigos chegando. — Só não conta nada para ninguém por favor. — Amber assentiu e se virou assim que o resto do grupo se juntou à eles.
— Se liga, é o único lugar onde não procuramos. — Pope proferiu e os amigos começaram a caminhar em direção ao porão, menos JJ que se manteve parado olhando torto para o local.
— Você não vem, Jay?
— Têm certeza que querem entrar ai? Essa velha é uma assassina!! — Amber revirou os olhos enquanto segurava a mão do loiro puxando ele pelo braço.
— A Sra. Crain desceu e cortou nossas cabeças veio a chuva forte e o sangue levou. — Cantarolava JJ no ritmo da música "dona aranha".
— Ótimo, não tem nada aqui! — Kiara dizia enquanto olhava o local. — Sabe o que é isso? Carma ruim! Desde que você meteu a barbie nisso, tudo desandou que estranho né?
— E lá vamos nós.
— Era por isso que não queria te contar sobre a Sarah!
— Ah é? — Disse irônica.
— Qual o problema entre vocês duas?
— Nenhum! — Kiara cruzou os braços enquanto ficava cara a cara com John B.
— Nenhum? — Kiara assentiu. — Então por que está agindo assim? É por que eu te beijei?
Um estalo forte pôde ser escutado no local. Kiara havia dado um tapa no rosto de John B que o olhava incrédulo.
— Você me bateu?
— Mosquito! — Disse ela levantando a mão mostrando o mosquito morto em sua palma.
— Ah é? Tem um bem aqui. — John B acertou um tapa no rosto da Carrera.
— Ei John B, para com isso. — Alertou Amber.
— Cadê as provas? — John B levantou a mão mostrando o mosquito morto. — Sabe acho que tem um bem aqui.
Kiara e John B começaram a desferir uma série de tapas entre eles, alegando ser mosquitos. Pope olhou sem entender, como poderia haver tantos mosquitos se não havia uma gota d'água se quer?
O garoto se aproximou de umas tábuas que estavam mal colocadas e se abaixou jogando uma pedra entre as frestas, ele colocou o ouvido próximo ao chão para que pudesse ouvir melhor e arregalou os olhos ao perceber a demora da pedra para chegar ao fundo.
— Ei JJ, me ajuda aqui. — Os dois levantaram as tábuas revelando um grande buraco no chão.
— Puta merda. — Amber dizia enquanto se aproximava.
Agora os cinco estavam envolta do grande buraco observando o fundo do mesmo.
— Chegamos no fundo do poço. — John B dizia enquanto dava risada.
— Era aqui que ela escondia os corpos. — Amber acertou um tapa na nuca de JJ. — Ai Amber, sua mão é pesada!
— Acha que está lá?
— Só descendo para descobrir. — John B olhou sorrindo para os amigos. — Vamos precisar de uma corda grande.
🤍
Amber se jogou no sofá do Castelo e ficou encarando o teto. Ela estava pensando na vida que mudou de uma forma tão repentina. Mas era estranho que aquilo não a assustava, era como se já estava predestinado tudo o que estava acontecendo.
Nasceu como uma kook, vivia como uma kook, mas ela sabia que era para viver como uma pogue, ela não se sentia confortável no figure 8 da mesma forma que se sentia no cut.
Era estranho, mas ela se sentia como se finalmente estivesse livre e no lugar de onde ela nunca deveria ter saído.
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𝐌𝐘 𝐇𝐎𝐏𝐄, 𝙟𝙟 𝙢𝙖𝙮𝙗𝙖𝙣𝙠
Fanfictionぬ+〜❖. 𝐌𝐘 𝐇𝐎𝐏𝐄 Onde Amber, mesmo vivendo na realeza kook, tem a vida completamente conturbada e quando está prestes a desistir, ela encontra uma esperança perdida nos olhos azuis de JJ Maybank, um garoto da periferia com problemas paternos mas...