MEU INESPERADO MAFIOSO

DE VOLTA PRA CASA

Bianca callazar

Estou no carro dele, tentei segurar as lágrimas mais não consegui, ao pensar no que meu pai vai fazer comigo quando descobrir oquê eu fiz.

Será que ele vai desfazer nosso compromisso e me mandar para um bordel?, pensar nisso me deixa apavorada.

-- agora pode me explicar melhor oquê estava fazendo em uma boate e vestida com esse pedaço de pano. - ele diz finalmente quebrando o silêncio que se apossava do carro.

-- eu já disse, ou será que além de babaca é surdo também.- falo com uma coragem que nunca tive antes.

-- você deveria ter mais respeito com seu futuro marido e seu capo. - ele diz apertando o volante e olho para suas mãos grandes e com tatuagens.

-- acho que isso não é mais relevante já que eu quebrei uma regra então imagino que meu destino seja um bordel qualquer .- digo olhando para a janela.

Ele fica em silêncio e presta atenção na estrada, as vezes noto ele me olhando de canto e isso me deixa um pouco vermelha.

Não sei como fui tão atrevida em responder ele desse jeito mais acho que ele ficou mais bravo ainda pois não falou mais nada, ou então ele realmente está contando a ideia de me jogar em um bordel.

Não demora muito e chegamos na minha casa, os soldados o reconhecem e quando me vêem no banco carona se assustam, ele segui até a porta de entrada da minha casa e estaciona saindo do carro e vindo para o meu lado abrir a porta pra mim, logo meus pais saem de dentro da casa e ficam surpresos quando me veem, com certeza os soldados já os avisaram.

-- capo oquê está acontecendo e porque está com bianca.- meu pai fala assim que se aproxima.

-- vamos conversar. - ele diz para meu pai que me olha furioso e sei que meu castigo será severo.

-- sim senhor, Bianca vá para seu quarto depois conversaremos.- ele diz e eu quero passar por ele correndo mais Benjamim me puxa e fala ao meu ouvido.

-- eu quero que queime esse vestido. - ele fala e me afasto olhando seus olhos verdes que por mais que esteja noite ainda assim são lindos.

Me viro sem dizer nada e sigo para meu quarto com minha mãe me seguindo.

Assim que passo pela porta do quarto minha mãe fecha e vem ao meu encontro.

-- querida oquê aconteceu.- ela me pergunta com todo carinho que sempre teve por mim.

-- mãe eu fiz uma besteira e agora ele vai me jogar em um bordel.- digo-lhe abraçando e me permitindo chorar.

-- shiii calma ele não vai fazer isso e se fizer nois damos um jeito minha menina, só tenha calma. - ela diz me fazendo carinho enquanto eu me acomodo em seu colo.

-- eu só queria fazer algo diferente mãe. - digo entre soluços.

-- eu entendo querida eu já estive no seu lugar e posso imaginar oquê você está sentindo. - ela diz.

-- você foi prometida ao meu pai? - pergunto olhando para ela agora.

-- não minha querida mais já amei um homem muito e não pude ficar com ele pois seus avós diziam que o melhor pra mim era seu pai e não o filho dos empregados. - mamãe fala com uma voz triste e fico surpresa pois ela nunca me falou isso.

Quando ia perguntar mais a porta é aberta e papai passa por ela com um semblante nada bom.

-- vamos para o nosso quarto e amanhã eu converso com você mocinha.- papai fala com fogo nos olhos e eu estremeço de medo.

-- não faça nada com ela.- mamãe diz me abraçando.

-- cale a boca e me obedeça. - ele grita e minha mãe beija minha testa antes de sair do quarto junto o meu pai.

Me jogo na cama tentando absorver essa noite, mais aqueles olhos vem em minha mente, involuntariamente eu fecho os meus e me perco na sensação da lembrança do beijo dele.

Balanço a cabeça e sigo para o banheiro tomar um banho antes de dormi pois amanhã o dia promete.