Tristan Swan de Volta ao Lar.

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Havia chegado a Forks, após cinco dias de viagens de moto, parando para dormir em hotéis baratos à noite e explorando os pontos turísticos de alguns lugares aonde passava. Charlie ficará louco quando descobrir que ultrapassei alguns limites de velocidade, entretanto, toda via, resolvei tal fato depois. As ruas de Forks continuavam as mesmas, quase tudo como lembrava-me, principalmente o tempo, antes de Renée conseguir a nossa guarda e nos mudarmos, o tempo, frio e úmido, sempre chuvoso era o que eu mais amava em Forks, o cheiro da terra molhada, misto ao orvalho e ao cheiro dos pinheiros. Estacionei minha moto em frente a nossa antiga casa, encontrei somente uma Picape Chevrolet Truck 1953 um tanto enferrujada, de cor vermelha, quase salmão, mas nada do carro de polícia, nem dos dois moradores, segui em direção a delegacia, pedi licença para balconista e entrei direto na sala do Charlie. O encontrei de cabeça baixa, assinando alguns papéis.

- Em que posso ajudar?

- Bem, que tal um abraço, pai?

Tirei meus óculos escuros e o capuz, mostrando o cabelo castanho curto e os olhos verdes, que sempre foram a principal diferença entre as irmãs Swan. Finalmente, ele levantou os olhos, arregalando-os quando olhou diretamente para mim.

- Tris!

Charlie levantou-se e abraçou-me, como eu estava com saudades desse velho.

- Senti saudades, filha!

- Também senti, papai!

Aconcheguei-me no abraço daquele velho chefe de polícia, fazia anos que não o via, somente nos falávamos por telefone, porém, desde a mudança da Bells, cinco meses atrás, acabamos ainda mais afastados, Renée havia enviado-me para a casa de uma madrinha, no Canadá, quando completei meus quinze anos, já que recusava-se a deixar suas filhas com Charlie, mesmo que por birra, a vagabunda fez o possível para que eu não voltasse para Forks

- Fico feliz que tenha voltado, mesmo que dê surpresa.

- Desculpa. Eu só... achei que precisava voltar.

- E sua madrinha, como está?

- Ela faleceu, no início do mês retrasado.

- Sinto muito.

Charlie estava perdido, mas não o culpava, então somente o abracei de novo, reconheço que ele não merecia as atitudes de Renée, então, nada mais justo do que ter empatia por ele. Você também é burra em Tris, poderia ter adiado a noticia da morte dela, ao invés de jogar no ventilador. Largamos do abraço e nos sentamos, após conversas triviais e atualizações vagas sobre como estávamos e acontecimentos neste meio tempo, que tiraram o clima anteriormente pesado da sala, resolvi perguntar sobre o terceiro integrante da família.

- Aonde está a Bells?

- Ela deve estar na mansão dos Cullen's, junto a Edward, o namorado dela.

- Uau! Não sabia nem que ela estava namorando.

- Bom, ela está.

Pelo seu tom de voz, era evidente o descontentamento com namoro, ou talvez, algo a mais, não consegui distinguir no momento.

- O senhor pode passar-me o endereço deles?

- Claro. Tenho plantão hoje, não me espere, ok?

- Sim, senhor!

Ele entregou-me um papel com o endereços dos tal Cullen's, juntamente com a chave da casa, saí da delegacia e subi na moto novamente, seguindo as orientações de Charlie, entrando em uma trilha na floresta, que levou-me direto a uma mansão, feita em sua maioria de vidro. Bati na porta e ouvi um "eu atendo", observei ao redor, claramente, tudo ali gritava "EU SOU RICO, PORRA!" Aliás, quem mora em meio a floresta? Balancei a cabeça, espantando os pensamentos anteriores e ascendi meu querido cigarrinho mentolado, que ajudavam-me a ignorar minha própria consciência indecente.

Imprinting _ Rosalie Hale (Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora