Imprinting _ Rosalie Hale (Crepúsculo)

Gelo e Fogo.

Lá estava eu, deitada no banco de couro traseiro, de um Mercedes, sendo levada para mansão Cullen, pelo menos, dessa vez, com um convite formal.

Fazia exatamente um mês e meio, que não transformava-me, meu corpo estava dolorido pela mudança repentina, minha cabeça latejava pelas últimas informações presentes... A luta com Sam Uley havia desbloqueado memórias sobre o passado, as lembranças desse maldito ataque, o motivo de Billy Black estar naquela cadeira de rodas, sou eu! Por que ele lutou contra um de sua espécie, simplesmente para salvar-me! A culpa caiu como um soco no estômago, a expressão de Rosalie, carregada de espanto ao ver as cicatrizes ainda doia... Enquanto humana, fazia o possível para escondê-las com roupas largas e compridas, porém, minha forma lupina, as deixavam evidentes.

- Tristan, como sente-se?

- Estou bem, Jasper. Só reconsiderando algumas coisas.

- Posso sentir, o que você sente. Sei que está sentindo-se culpada e magoada.

- Não deveria, ter cedido aos meus instintos, ter transformado-me em sua frente.

- Rosalie, não a odeia, nem tem a teme. Tenho plena certeza disso.

A afirmação de Jasper, havia cedido ao menos meus nervos, entretanto, as dúvidas ainda surgiam, iam e vinham deliberadamente.

- Como você, pode ter certeza? Aliás, sua espécie não deveria repudiar a minha, ou algo assim!?

- Não a repudiaremos, a julgamos pelo que você é, não sua espécie, afinal, você não nos julgou pela nossa.

Carlisle havia assumido a conversa, com seu tom de voz calmo, quase sereno, conseguia identificar a sinceridade de cada palavra.

- Não sabíamos, nem um sobre o outro!

- Considere, algo indiferente.

- As coisas vão mudar?

- Não! Ainda é bem-vinda em nossa casa, assim como, em minha família.

- Agradeço, Dr Carlisle. Obrigado pelo seu apoio, Jasper.

- De nada.

Afofei-me mais no banco, deveria ter cuidado mais, sobre quais árvores cercavam-me, quebrar cerca de 7 pinheiros em uma luta, não foi uma ideia inteligente. Quando finalmente, entramos na garagem, levantei-me do banco, Alice estava fechando a garagem e Jasper estendia a mão para mim, oferendo ajuda para que eu saísse do carro, aceitando, sai sem muitas dificuldades, encontrando Esme em minha frente, com uma mala nas mãos, rapidamente Alice e Jasper subiram as escadas em uma velocidade sobre-humana.

- Tris, sente-se aqui em cima, por favor!

Sentei-me em cima do balcão da garagem, esperando o atendimento.

- Tire a blusa, por gentileza, preciso quebrar e realocar suas costelas, depois farei alguns pontos nos cortes e passagem uma pomada em seus ombros, além, de mais alguns medicamentos, de uso oral.

- Sim, senhor, obrigada, agradeço também, senhora Cullen, por ser minha enfermeira particular.

- Não é nada, querida. Deixe-me ajudá-la.

Com a ajuda de Esme, consegui tirar minha camiseta, depois sentei-me na bancada da garagem, vestindo somente um top na parte superior e mais uma vez, as cicatrizes estavam visíveis, revirei os olhos.

- Vou aplicar morfina em você, vai ajudar com a dor.

E assim ele fez, aplicando uma agulha diretamente, em meu braço, logo senti meu corpo mais leve e a dor estava diminuindo. Observei a expressão de Esme, pena, talvez, pelas cicatrizes ou pela dor, não saberia definir ao certo. Logo estava segurando um urro de dor, a primeira costela havia sido requebrada e realocada, o procedimento repetiu-se nas outras duas, em seguida foram feitos pontos nas suturas, uma parte mais tranquila, apesar de já encontrar-me suando frio pelas refraturas. Quando todos as primeiros socorros foram realizados, pude finalmente vesti-me novamente.