Imprinting _ Rosalie Hale (Crepúsculo)

Retornando para Vida Real.

O Sol poente havia dado lugar a Lua Cheia. Ainda encontrava-me deitada sob o ombro da Tris, enquanto acariciava esta irônica pelúcia, entretanto, pelo menos teria algo para lembrar desse dia, pela sequência quase vivida de minha eternidade. Lembranças de mais cedo inundavam minha mente, a adrenalina da Xícara Maluca, a ilusão hipnótica da Casa de Espelhos, o Balanço de Barco Viking, dois robôs quebrados no Trem Fantasma, que haviam provocado reações hilarias na Tristan e assustado-me um pouco, das quais, nunca admitiria em voz alta. O Tubarão Mecânico, do qual mantive o record de 8 minutos, recebendo um prêmio fofo e irônico, assim como quem presenteou-me com ele. O belo e robótico corcel branco do Carrossel, que desejei que fosse real, pois se quer nunca havia andado a cavalo, e por último, a Corrida de Karts, minha vitória imaculada, que agora tinha uma consequência, levar-nos de volta para Forks.

O corpo quente junto ao meu, deixava-me ainda mais contra a ideia de voltarmos, fazia décadas que não tocava ou aproximava-me tanto assim, de um humano, de alguém realmente vivo, ouvia o ritmo calmo e regular do seu coração, seus músculos estavam relaxados e respiração baixa. Caso meu coração pudesse bater, teria a plena certeza que estaria singular ao dela, aconcheguei-me mais a ela, a doce lembrança dos bebês patos ao nosso redor mais cedo, justo aos seus pais, comendo as migalhas de pães que entregávamos aos mesmos, incrivelmente alguns bebês, haviam comido os pedaços de pães nas minhas próprias mãos, com a ajuda de Tris, algo realmente admirável, levando em conta que os animais fugiam por medo, quando sentiam o nosso cheiro.

Observei o céu, algumas estrelas começavam a demonstrar seu sintilar, os postes das luzes que haviam no parque, haviam sido ligadas Infelizmente, era hora de retornarmos para Forks.

Levantei-me do chão, desanimadamente ela levantou-se também, pegando sua  jaqueta de couro do chão em seguida, havia sido jogada ao chão, para que eu não sujasse-me com a poeira da ponte. Seguimos em direção a Harley, sentei-me, colocando o capacete em seguida, enquanto Tris fazia o mesmo, adicionando o Snow (nome dado a pelúcia), dentro da mochila que a mesma trouxera mais cedo. Sentindo suas mãos em minha cintura, dei partida, saímos calmamente até a saída, já que incrivelmente, odiei despedirei-me da cidade de vira-latas.

Sentindo um aperto em meu peito, despedi-me do meu dia como humana, havia sentido tantas sensações e emoções indescritíveis, medo, euforia, alegria, confusão, desafio, calor, desejo... Havia sentido prazer em ter medo, euforia em estar em alta velocidade, o calor de um corpo próximo, além de carinho e cuidado, preocupação, espelhados para mim, Tristan tendo atitudes altruístas, procurando saber quais seriam os meus limites mentais e corporais, os brinquedos que seriam de meu agrado, quais eu gostaria de tentar, tantos detalhes dos quais nunca imaginei importar-me.

Acelerei em meio a BR livre, pilotando em zig-zag como fora feito mais cedo, a sensação era definitivamente mais prazerosa no acento frontal, sorri quando ela apertou minha cintura, como havia feito mais cedo, segui a estrada explorando manobras leves e algumas ultrapassagens dignas de velozes e furiosos. Rimos simultaneamente quando finalmente consegui empinar aquela magnifica máquina. Estávamos descendo a única ladeira existente em linha reta na estrada, aonde maravilhei-me com as pétalas mais cedo, observei pelo retrovisor, o ser que deveria estar sentado na garupa, estava equilibrando-se de pé, em uma possível de surf, freei vagarosamente mantendo-a equilibrada, estávamos próximas à última árvore e ainda não havia entendido o motivo dessa loucura atual, esticando as mãos, somente ouvi o estralo do galho a cima de nós quebrando, logo Tris abaixou-se e sentou-se confortavelmente na garupa.

- Por que você, fez isso?

- Achei que, merecia uma flor só sua! Ao invés de pétalas desconexas.

- Você é impossível!