Suicida 2.0.

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Despertei novamente, desça vez o Sol iluminava a janela da frente e o cheiro de bacon, ovos e talvez panquecas estava presente, levantei-me do velho sofá e fui em direção a cozinha.

- Bom dia, pai! Como você está?

- Bom dia, Tris, estou bem e você?

- Bem, também.

Ele fez um gesto para que sentasse ao seu lado, sentei e me servi-me alguns bacons e o projeto de omelete que somente o Charlie conseguia fazer. Aliás, como ele conseguiu sobreviver sozinho esse tempo todo? Talvez, ele se acostumou com a própria comida. Ignorei meus pensamentos e aproveitei para servi-me uma xícara generosa de café, adicionando açúcar e leite, logo após. Comíamos em um silêncio agradável, que logo fora preenchido por passos no andar superior, finalmente, Bells adormecida havia acordado.

- Bom dia pai, bom dia Tris!

- Bom dia!

Ela simplesmente sentou-se e serviu uma porção de panquecas, colocando melado em cima e um copo de suco natural de laranja, que nem havia percebido estar na mesa. Afinal, que horas essa menina chegou em casa? Que ótima irmã em, Tristan! Sabe nem a hora que a outra chegou! Silenciosamente bufei.

- Vou ter plantão hoje a noite, de novo. Então, vou dormir durante o dia, vocês duas, podem, sei lá, sair por aí.

- Claro, podemos sim!

Bells apressou-se a responder, talvez, querendo livrar-se das sugestões de Charlie.

- Ok, comportem-se! Tris, a tarde, dou uma geral no seu antigo quarto, amanhã eu compro alguns móveis novos, para você e hã... a escola!?

- Não se preocupe, pai. Garanti minha transferência, para o terceiro ano, antes de pegar a estrada e vir para cá.

- Que bom! Fico contente.

- Não acredito que o sr, pensou que eu tinha largado a escola, velhote.

- Eu... hã, só estava preocupado com seus estudos. Quem você está chamando de velhote?

- Oras, o senhor mesmo!

- Vou te mostrar quem é o velhote!

Saí da mesa correndo, Charlie estava atrás de mim, saltei por cima das minhas bagagens, que ainda estavam jogadas na sala e fiquei do outro lado do sofá, Charlie estava na ponta oposta, estávamos brincando para ver para que lado cada um iria, quando ele atravessou por trás do sofá, pulei novamente pelas minhas coisas e repeti os mesmos movimentos, como quando eu era criança, até que a campainha tocou e então, Charlie tropeçou em algo, caindo logo em cima do sofá, agora, nos dois estávamos rindo e a campainha havia tocado de novo. Porra Bells, não poderia ter ido atender a porta, não?! Abri a porta e agora sim, quase caí para trás, o ar desapareceu dos meus pulmões e minha visão, quase turvou-se. A divindade perfeita de ontem, está na nossa porta. Besta, convida ela para entrar, pelo amor de Deus, ou vai continuar babando aí?

- Bom dia, perdoe-me a demora para atende... AÍ!

Algo havia acertado minha cabeça, olhei para Charlie e para o chão.

- Sério, pai? Um par de meias!

- Posso ser um "velhote", mas ainda tenho boa mira, mocinha!

- Aí, aí em! Perdoem-me, pela desordem, entre, por favor!

- Obrigada.

Desfilando, ela entrou. Acompanhei cada passo seu, seu perfume era delicado e maravilhosamente delicioso, o cheiro de franboesas, romã, rosas, jasmim, folhas de violeta e cashmeran. O cheiro doce que ela exalava, sinceramente, era o melhor que eu já sentira em minha vida, tirando o ar de meus pulmões, inalei profundamente.
Assim que tive plena certeza, que estava em minhas faculdades mentais novamente, fechei a porta com cuidado e observei ao redor, procurando novamente, aonde estaria minha irmã.

Imprinting _ Rosalie Hale (Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora