09 | Heaven in Hiding

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Na manhã após o encontro que tive com Ryujin, um carro parou bem cedo na frente do Park's e um homem de mãos nervosas entrou na lanchonete à minha procura. Era terça-feira, e eu fiquei surpresa quando ele disse que o Sr. Shin queria tratar comigo sobre a apresentação de abertura da Monopoly Fucking Party pessoalmente.

Apesar da conversa que tivemos depois da minha apresentação no pub, eu ainda me via duvidando da veracidade de Ryujin à respeito daquilo. Afinal, não se tratava de um evento qualquer. Se tratava da Monopoly Party, a maior reunião de empresários do mundo! E com o fato extra de que, segundo a própria Ryujin havia me dito, a Shin Motor Company estava à beira de fechar um acordo de patrocínio com a RCA Records, uma gravadora musical, portanto o CEO da RCA estaria presente na festa, O CEO!

Se aquilo não fosse um sonho, eu definitivamente não sabia o que era.

E quando aquele homem despejou sobre mim a convocação do Sr. Shin, eu quase desmaiei no chão do Park's de tão grande que era a minha empolgação.

Ryujin estava certa. Se eu conseguisse impressionar Peter Edge, eu poderia ganhar um lugar em seu rolo de grandes artistas. Poderia, finalmente, ser a cantora que eu almejava desde sempre ser.

Respira, Yeji, respira!

— Estamos esperando do lado de fora, Srta. Hwang. — Disse o homem antes de sair da lanchonete.

Eu soltei lentamente minha respiração e tentei acalmar meu coração que batia selvagemente dentro do peito. Comecei a tirar meu avental, mas então estaquei no lugar.

Se minha apresentação na Monopoly Party não enchesse os olhos da RCA Records, o Park's continuaria sendo minha única oportunidade de emprego. Eu não podia simplesmente sair dali sem explicações.

E como Sunghoon não se encontrava....

Fui obrigada a ir ao encontro do pai dele, e rapidamente despejei toda a situação em seu colo, prometendo que reporia aquele dia em três sábados ou domingos se ele assim desejasse.

O pai de Sunghoon hesitou por alguns instantes, mas por fim, deixou eu ir. E foi quase saltitando de alegria que troquei de roupas no loft e fui ao encontro do homem que me levaria ao Sr. Shin.

Durante todo o trajeto até a Mansão, meu coração não parava quieto dentro do peito. Eu estava extremamente animada com toda a situação, e certamente meu bom humor se estenderia pelo resto daquela semana.

Quando chegamos, eu caminhei atrás do homem tentando acalmar meu coração e minha respiração pra não passar uma imagem ansiosa demais para o pai de Ryujin.

Fui guiada até a frente de uma porta grande e suntuosa, e pra dentro dela, onde fui recepcionada pelo Sr. Shin e uma mulher alta e elegante.

Ambos me observaram caminhar até a base da escrivaninha atentamente e eu mal abri a boca para cumprimentá-los quando o pai de Ryujin já estava dizendo:

— Creio que Mark já tenha resumido pra você o motivo dessa conversa, assim como fez Ryujin, mas há outros pequenos detalhes que não poderão faltar se a senhorita vai realmente cantar na abertura da Monopoly Party, Sente-se. Temos muito sobre o que falar e, receio eu, pouco tempo pra isso.

Eu havia almoçado na mansão com o Sr. Shin, com Carla, a mulher que estava cuidando de cada detalhe da Monopoly Party e que cuidaria da minha apresentação, e com Mark, o acessor do pai de Ryujin. Já eram quase duas da tarde quando finalmente as conversas terminaram e eu assinei o contrato, que surpreendentemente me renderia alguns milhares de dólares que eu não estava esperando.

Depois de me passar um cartão de horários e o repertório com as músicas que eu deveria cantar, o Sr. Shin me dispensou, dizendo que esperava me ver na manhã de sexta-feira para o ensaio e os últimos ajustes, que iriam acontecer no salão onde ocorreria a Monopoly Party.

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