You Give Love a Bad Name | RYEJI

43 | Whatever It Takes

A abertura da boate em Nova York foi um sucesso, mas infelizmente Lia estava atolada de trabalho e não pôde comparecer.

Triste. Mas ela teria uma melhor oportunidade pra conhecer Irene no café da manhã de inauguração da minha academia de dança, dali quatro dias em Los Angeles. Fiz questão de convidar a cantora amiga de Yeji e interesse romântico de Yuna pra nos visitar em tal data.

Estávamos no aeroporto aguardando o vôo de volta pra casa. Os trabalhos de divulgação de Yeji haviam terminado por ora e ela estava novamente livre, já se preparando pra embarcar pra Coréia dali a dois dias. Afinal, a cirurgia de sua mãe estava chegando.

Eu estava abraçando seu corpo por trás numa ala mais privativa do aeroporto. Tanto eu quanto ela estávamos de bonés e óculos escuros, tentando ocultar nossa identidade. Ainda havia muita gente que me odiava e eu não queria ser linchada ou atacada, especialmente porque Yeji estava por perto e qualquer coisa que tentasse me atingir, também atingiria ela. Depois de seu pronunciamento, a mídia desacelerou um pouco, mas em compensação, o ódio por mim apenas se alastrou, por mais que Yeji tenha tentado aliviar o melhor possível meu lado em suas redes sociais.

Mas eu não me importava realmente com o que os outros pensavam. Tendo o amor de Yeji, eu não precisava do amor de mais ninguém.

Apertei seu corpo entre meus braços, pousando um beijo em sua bochecha. macia. Um pouco adiante, Yuna trocava mensagens com alguém em seu celular.

— Você e Shuhua se aproximaram bastante, hum? — Eu a provoquei, fazendo-a tirar os olhos do visor ao pousá-los em mim.

— E o que você tem a ver com isso?

— Eu? — Dei de ombros. — Nada. Mas você já pensou em Jisu? Acho que ela não vai gostar de dividir o furacão dela com outra garota.

Minha amiga revirou os olhos, voltando a depositá-los no celular.

— Yeji, pode, por favor, mandar sua cachorrinha parar de latir?

Ji riu em meus braços, tanto que senti seu corpo estremecer de leve contra mim.

— Cachorrinha, pare de latir. — Ela falou naquele tom sério e mandão que, eu descobri na prática, era a chave pra me encher de tesão.

E que tesão!

Pensar naquilo fez meus pensamentos voltarem às algemas. E em tudo o que aconteceu depois que ela me algemou. Especialmente na maneira como ela se transformou e mostrou um lado extremamente sexy que eu descobri ser o meu favorito.

Pra Hwang Yeji eu fazia tudo. Não me importava de ser a cachorrinha dela se ela pedisse.

— Viu só? — Yuna bufou. — Você manda, ela obedece.

— Tá com ciúmes? — Ergui uma sobrancelha em sua direção. — Ambas sabemos que se Jisu pedir, você cai de quatro pra ela. Eu pelo menos admito.

Eu queria provocá-la mais, porém meu celular começou a tocar do nada e interrompeu minha linha de raciocínio, especialmente quando eu o tirei do bolso e vi o nome de Mia na tela.

Soltei Yeji, que se virou pra me olhar. Ela tirou os óculos escuros e ergueu uma sobrancelha quando eu lhe mostrei o visor. Seus olhos escureceram de imediato.

— Ei, Shin! — Mia falou assim que atendi. — Aproveitando muito Nova York com sua garçonetezinha?

— Você não faz ideia de como! — Eu respondi com uma falsa animação, querendo mesmo era estar cara a cara com Mia pra arrancar aquele sorrisinho que ela com certeza empunhava naquele momento.