30 | If You Want Love

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Foram duas semanas de divulgação extremamente intensas. A agenda de Jackson me colocou em grandes rádios americanas, em entrevistas coletivas com outros artistas em ascenção e em lives no Instagram da RCA que, conforme os dias passavam, mais gente aparecia pra assistir.

Estava uma loucura. Uma loucura boa, que me enchia de frio na barriga, Meu próprio perfil no instagram alavancou no número de seguidores tão rápido que eu precisei de alguns dias pra digerir e entender que seria daquele jeito dali pra frente.

Pessoas que eu nunca vi na vida estavam enchendo minhas fotos antigas com comentários, e assim também faziam no YouTube, onde o clipe estava postacio. Às vezes eu passava horas deslizando pelos comentários, lendo as opiniões alheias sobre meu trabalho.

Aquilo me inspirava. Às vezes era três da manhã e, em vez de dormir pra parecer apresentável no dia seguinte numa próxima entrevista ou live, eu passava a madrugada escrevendo novas músicas, tentando expressar com palavras todos os sentimentos que me atingiam num caos generalizado naquele começo de carreira.

Eu estava vivendo um sonho, e queria que as pessoas tivessem uma noção da intensidade do mesmo quando aquelas músicas se tornassem realidade.

No meu último dia em Nova York, Crown On My Head já estava com sete milhões de views no YouTube e eu arrecadei cerca de dois milhões de seguidores no Instagram, e milhares mais surgiam pra incrementar o número conforme os dias se passavam.

Eu estava flutuando, com a mente enlouquecida de felicidade por tudo ter dado perfeitamente certo. E pelas dezenas de trabalhos de divulgação no mês seguinte, como entrevistas em canais de TV e um fucking comercial de uma marca de shampoo que teria minha música de fundo e eu como modelo. Eu estava sonhando acordada!

A música composta pela Sia e cantada por mim também foi lançada, e a divulgação em cima foi tão boa que em menos de 24hrs a composição
chegou às quinhentas mil views. A própria Sia apareceu no dia do lançamento para me conhecer e me cumprimentar.

Era sonho atrás de sonho se realizando, e em dado momento eu me senti tão bem que nada, absolutamente nada poderia tirar meu sorriso.

Apenas uma pequena coisa que eu precisava resolver. Meu relacionamento com Ryujin.

Eu ainda estava confusa, mas aquele periodo mágico em Nova York clareou um pouco mais meus pensamentos e eu já me sentia mais madura sobre toda a minha situação com ela pra finalmente tomar uma decisão.

Antes de tudo, porém, eu queria saber o que Yuna tinha a dizer sobre a coisa toda.

Assim sendo, no mesmo dia em que retornei à LA, eu liguei pra ela e perguntei se poderíamos conversar. Yuna disse que estava cuidando de pendências na S&D, portanto não poderia sair da boate, mas me convidou a dar uma passadinha por lá. Quando ela disse que Ryujin estava ocupada com outros assuntos e que as chances dela aparecer por lá eram zero, eu prontamente aceitei encontrá-la.

Pretendia falar com Ryujin, mas só depois que eu já tivesse uma opinião implacável formulada sobre tudo.

Eu estava cansada das duas semanas agitadas, mas sentia que só poderia descansar depois daquela conversa.

Assim sendo, passei somente uma hora no loft depois de chegar em LA e, após um banho rápido, dirigi até a boate.

Ainda era tardezinha, mas a fila na frente do prédio já estava enorme. O lugar era extremamente movimentado.

Eu já estava sendo aguardada pelos seguranças na porta principal, então não tive problemas para passar pra dentro.

Um funcionário me guiou pela escadaria que levava até o segundo andar-a ala VIP, e de lá ele me levou até uma porta completamente discreta, na frente da qual havia outro segurança.

You Give Love a Bad Name | RYEJI Onde histórias criam vida. Descubra agora