06 | Paradise

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Passei direto pela porta do apartamento e me joguei em cima de Lia - que estava esticada no sofá lendo um livro -, arrancando-lhe um suspiro arrastado e cheio de raiva quando o mesmo livro voou longe.

— Porra, Ryujin! — Ela grunhiu, tentando me empurrar para o lado.

Rindo, pressionei a mim mesma com mais firmeza contra ela, abraçando seu corpo magro e enfiando meu rosto na curva de seu pescoço. Rocei a boca ali, porque sabia que iria irritá-la.

— Você tem um cheiro tão gostoso, Jisu.  — Eu sussurrei, dando uma leve mordidinha em seu pescoço.

— Sai agora, Ryujin! — Lia rosnou, mas pude perceber que ela estava se segurando muito para não rir.

Estiquei minhas mãos até seu abdômen e comecei a fazer cócegas, tirando-lhe um gemido de raiva que foi rapidamente seguido por gargalhadas relutantes.

Chupei seu pescoço com força, sabendo que deixaria em sua pele branquinha a minha marca.

— Jin, eu vou te matar! — Lia ria descontroladamente, suas palavras sendo cortadas pelo ofegar constante.

— Acho que já deu, não é mesmo, crianças? O prédio inteiro está escutando essa putaria.

Eu parei de fazer cócegas nela ao ouvir a voz de Yuna. Deixei meu corpo relaxar sobre o de Lia, depositando um beijo carinhoso em seu queixo, e me aconcheguei em seu peito. Eu adorava seu cheiro doce, sua pele macia e seu calor reconfortante.

Quando os braços dela me envolveram e me apertaram gentilmente, eu suspirei com a pura sensação de paz que me preencheu.

— Onde é que foi parar meu livro, Ryujin?! Você vai procurar! — Lia exclamou, pousando o queixo em meus cabelos. Apesar de ter tentado muito fazer a voz sair séria, não conseguiu. A ponta de sorriso era evidente.

Lancei um olhar para Yuna, que carregava numa das mãos um prato de porcelana com alguns pedaços de frango frito em cima.

— Eu só queria comer em paz, sabe?

— A paz se torna inexistente quando Jin chega. — Suspirou Lia.

Eu sorri largamente, me aconchegando melhor nela. Mantive o olhar divertido sobre Yuna.

— Diz isso porque queria muito estar no lugar de Lia, bem debaixo de mim.

Yuna soltou uma de suas típicas bufadas irritadas, e se jogou contra uma poltrona.

— Se todos os seus alvos soubessem o quão irritante você é, tenho certeza que nenhum deles daria uma segunda olhada na sua direção.

Eu ri, cutucando Lia.

— Vai deixar ela falar assim de mim, Jisu? Eu sou um anjo. Diz pra ela.

A americana riu, acertando um tapa na minha mão.

— Só quando quer, né?

Da poltrona, Yuna bufou em aprovação.

Eu suspirei, e me forcei a sair de cima de Lia. Ajeitei meus cabelos sobre os ombros, e caminhei até a mesa de centro, onde as chaves do meu carro estavam.

— Acabou de chegar pra sair outra vez? — Yuna ergueu uma sobrancelha.

— Já está sentindo minha falta, Yuninha? — Eu avancei sobre ela antes que ela pudesse me impedir e lasquei um beijo molhado em sua bochecha.

Yuna esfregou o local rapidamente, fazendo cara de nojo.

— Idiota.

Do sofá, Lia perguntou:

You Give Love a Bad Name | RYEJI Onde histórias criam vida. Descubra agora