O silêncio de Sapphire - ABO | LS ✔️

Capítulo 43,5: Madness

“It makes me go blind Cut me deep, these secrets and lies Storm in the quiet.”

Harry.

Ele tinha os olhos mais bonitos, o cheiro mais gostoso, o sorriso mais marcante, as mãos mais encaixáveis, o corpo mais esbelto, os lábios mais macios e a pele mais maravilhosa.

Nós ficamos conversando por um tempo, Louis quis organizar seus pensamentos me contando sobre eles.

Eu apenas o admirei. O admirei por muito tempo.

Louis desabafou dizendo que não disseram a ele que doía tanto, ninguém o avisou das decepções que estar na Academia iriam causar. Ele apenas procurava pelos amigos e a diversão do aprendizado. Entretanto, não conseguiu encontrar as músicas nem ler os livros dedicados a narrar a mágoa que o atingiu quando seu filhote se foi, ele apenas encontrou a dor no peito que o acertou feito um tsunami.

Era uma dor na alma, uma enxaqueca, mas ele prometeu aguentar, porque no fim dá na mesma, seja amor ou amigo, uma perda é uma perda.

Ele escolheu viver, e seu primeiro desafio apareceu entre as árvores, eu não reconheci o cheiro de pinheiro forte como pimenta, mas ele reconheceu e rosnou.

Seus olhos mudaram para dourados na hora, o pequeno momento de paz desapareceu em milésimos.

Um alfa, alto, musculoso, com cabelos negros, olhos azuis e pele morena. Ele tinha a barba desalinhada. Suas roupas simples, como jeans, camisas de manga-curta em cores neutras, eram facilmente do Norte, mas a jaqueta de couro preta e botas eram do Sul.

Eu poderia estar delirando, mas Rodger estava bem na minha frente. 

– O que faz aqui? - Louis rosnou.

O alfa chegou perto dos portões, os guardas estavam em total defesa, impediram sua passagem, a maior realeza da Inglaterra estava hospedada no palácio. 

– Eu não acreditei quando me falaram que você estava de volta, precisei ver com meus próprios olhos. - Levantou as mãos em rendição. - Tanto tempo, Lou. É um prazer te conhecer, Alteza. - Fez uma falsa reverência.

– Mate um demônio hoje, enfrente o diabo hoje mesmo… - Revirei os olhos. - O que quer que eu faça? - Perguntei ao Louis.

– Vá embora, Rodger. - Ele virou as costas o deixando para trás.

Mandei os guardas darem um jeito, mas ele gritou:

– Eu quero ver a Hayley, somos casados! Fiquei sabendo que ela se mudou.

Louis riu sem esboçar nenhuma graça, se virou o encarando de cima a baixo.

– Chegou tarde, ela está morta.

Rodger expressou preocupação, ele deu para trás.

– Quando? - Suas sobrancelhas se juntaram.

– Ontem.

– Merda! - Ele cerrou os dentes. - Aquela vadia me devia muitas moedas.

– Ele quer morrer e eu quero matar. É perfeito! - Mandei abrirem os portões.

– Não. - Louis entrou na minha frente, colocando a mão no meu peito. - Você a deixou! Quando ela ficou doente, você a abandonou. Ela morreu e a única coisa que importa é seu dinheiro? Hayley não deve nada a você. Nada.

Rodger nunca tinha visto Louis rebater, ele se surpreendeu.

– Então você deve, perdi muito dinheiro sem você no Norte, cadê a pirralha? – Ele sorriu irônico. Senti o calor se acumulando em meu pescoço, numa intensidade tão assustadora que me faz ter certeza de que eu iria matá-lo em sua próxima frase. - Blair deveria ficar em minha guarda, sou responsável dela.