"She wrapped her arms around me. Said: Don't try to be what you're not."
Louis.
Corredores com barulhos ensurdecedores, mas silenciosos ao mesmo tempo.
Nós nascemos, e ainda crianças, já descobrimos que a morte é dada para todos. Lidamos com nossa finitude presenciando o fim do nosso igual a todo o momento e sabemos desde sempre, que não há como escapar... que a sina é única, iminente, dolorosa, cruel e sorrateira.
Jonathan Smith teve sua vida brutalmente arruinada, vítima de um assassinato cruel, em um local que deveria tê-lo protegido, deixando um vazio insuperável.
Sua alma irradiava bondade, gentileza e inteligência, qualidades que o destinavam a ser um magnífico Rei ou Duque para a terra de Sapphire.
Sua partida deixou uma família desamparada, uma mãe e uma irmã que aguardavam seu retorno, mas agora só restava o triste dever de acolher seu corpo sem vida.
Enquanto caminhávamos pelos corredores do salão em direção aos meus aposentos, a visão de seu corpo no chão ecoava como um lamento silencioso, lembrando a todos da fragilidade da existência humana e da eterna jornada que nos leva do pó ao pó, à espera de um renascimento em outra vida.
"Sua luta acabou, Que você parta em paz. E que o amor o acompanhe. Esteja sempre protegido em suas viagens até nossa jornada final na eternidade. Que nos encontremos novamente." - Falei ao passar perto dele.
A incerteza quanto ao destino após a morte persistia, carregando dúvidas sobre a veracidade dos mitos que permeavam nossas crenças. A esperança de um reencontro se misturava com a possibilidade de ser apenas uma ilusão, deixando-nos imersos em um oceano de mistério e reflexão.
Harry me conduziu até meus aposentos no silêncio da noite, enquanto os interrogatórios dos alunos continuavam por toda a Academia. Eu sentia a urgência de não prolongar minha permanência do outro lado, onde minha presença geraria questionamentos.
Passei o dia inteiro dentro daquelas acomodações, que se revelaram extremamente confortáveis e cativantes. Cada detalhe testemunhava a meticulosidade de Harry: os objetos eram dispostos de forma ordenada, as roupas cuidadosamente passadas e organizadas por cores, um imponente piano aguardando minhas mãos, e uma coleção de filmes à minha disposição em um dispositivo celular.
Apaixonei-me profundamente pela sétima arte, pela magia que é o cinema, independentemente do gênero. Cada filme era uma obra de arte registrada em uma película, uma experiência audiovisual com uma narrativa única, contida em uma determinada duração. A diversidade de histórias me envolveu de tal forma que eu podia perder horas a fio mergulhado naquela maravilha.
Era uma paixão que, embora não fosse exatamente nova no mundo, era fresca e excitante para mim, como se estivesse descobrindo um universo inteiramente novo.
Os filmes, no entanto, não eram a única fonte de entretenimento enquanto eu permanecia recluso nos aposentos de um príncipe. O ambiente em si tinha um aroma peculiar e reconfortante, uma mistura do seu perfume amadeirado com menta que parecia impregnado na minha pele.
A confusão de sentimentos me dominava. Eu ansiava por chorar diante da situação angustiante e desejava fugir e esconder-me, mas naquele ambiente, experimentava uma sensação de bem-estar e segurança. Era uma experiência estranha, onde minhas preocupações com meus amigos se misturavam com uma estranha tranquilidade. Eu queria chorar, mas as lágrimas teimavam em não fluir.
Harry estava presente fisicamente, mas sua mente parecia distante, absorta por preocupações que o consumiam. A comunicação entre nós se limitava a gestos práticos, como fornecer comida diversificada e permitir que eu escolhesse filmes. Suas respostas às minhas perguntas eram breves.
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O silêncio de Sapphire - ABO | LS ✔️
Fanfiction- Você o encoraja, Zayn? Mas ele fica mais patético a cada dia. - Eu não sou patético! - Edward se defendeu. Ele já sentia um nó se formando em sua garganta, nada que ele fazia parecia ser o suficiente. O amor que ele tanto procurava em seu pai pare...