21º Capítulo {Livro Quatro}

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Ainda ouvia os brados dos guardas reais e sentia o cheiro forte de fumaça quando assisti a remoção nada afável de que foram alvo os invasores que enfrentamos.

Também foi neste contexto que presenciei quando minha mãe foi enviada até a ala médica.

Considerando o evento recente, acharam por bem mantê-la sob observação durante algumas horas. Afinal, dado o seu estado delicado, poderia ter havido alguma complicação causada pelo estresse.

Mesmo apreensiva quanto a ela, fiquei mais tranquila em saber que seria bem assistida e deixei-me ser conduzida por Jacques e Aramis até a sala de chá, para que fossem reparados os estragos do cômodo ao lado.

Isso me fez recordar do compromisso firmado junto a Demétrios e acendeu em mim a esperança de que ele finalmente de o ar de sua graça.

Já estou começando a ficar aflita com seu sumiço. Esta noite será a oportunidade perfeita para obter paz acerca disso.

E no que diz respeito ao que acaba de ocorrer, dentro de minhas próprias compreensões, creio que aqueles homens, que estão agora a caminho das masmorras, sejam rebeldes enviados a invadir Versalhes atrás de encontrar a adaga dos Caspatios.

Muito me admira perceber o quão simples foi para eles realizar essa façanha. Não devia ser tão fácil que vossas presenças nos alcançassem.

Eram poucos, praticamente desarmados, e jamais sairiam daqui ilesos. Então... Por que se arriscaram dessa forma?

O que "Revolução" tem de tão importante?

É claro que existe a tal promessa e provavelmente a arma faz parte do cumprimento dela, mas Henrique Caspatio não é exatamente o tipo de homem que joga conforme as regras.

Não...

Existe algo nisso. Existe um motivo muito forte para que ele queira pôr suas garras afiadas naquela adaga. E eu preciso descobrir o que é.

Não pode ser apenas por ser uma joia de família. Eu duvido que ele seja tradicionalista a esse ponto.

Ademais, o rebelde pode forjar quantas adagas quiser e lhes adornar com todos os rubis que conseguir obter. Todavia, é apenas uma muito especifica que ele almeja possuir.

Ter uma adaga ancestral não é importante para alguém que mataria a própria filha se com isso conquistasse a coroa.

E se tudo já não bastasse, vem o pior.

Aqueles bárbaros sabiam, ou no mínimo, desconfiavam de que a arma estivesse comigo.

Invadiram justamente os aposentos que correspondem a minha família e sua insistência ao me questionar sobre o objeto, possuía uma convicção inestimável.

Nisso não há o menor aspecto de coincidência.

— O que está havendo? O que está acontecendo com todos? — questiono exasperada, assim que me sento à mesa de chá. — Como podemos ter perdido toda a segurança?

À Espera da Coroa - LIVRO 4 - CIR.Onde histórias criam vida. Descubra agora