O casamento real se aproxima e a corte toda está em polvorosa!
Exceto por uma pessoa... O que seria um fato isolado, e até irrelevante, se essa pessoa não fosse justamente a noiva.
Panny Delyon recebeu a notícia que mais temia, ou que aprendera a te...
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Procurando me manter longe das vistas, aguardo pelos momentos oportunos e mudo de corredor sempre que encontro o próximo vazio. Dessa forma, prossigo de cômodo em cômodo até alcançar a entrada da ala real.
Só então, dou-me conta de que minha tentativa de não ser vista nestes trajes não será em nada bem sucedida, pois sem dúvidas há guardas diante dos aposentos dos monarcas e deles não terei como me esconder.
Ora! Como vou chegar até meu quarto para me trocar? Impossível com a presença daqueles dois de paus ambulantes.
Um tanto aborrecida por não ter refletido sobre isso de antemão, inclino-me junto ao portal e espio o corredor, esperando avaliar a situação em busca de uma ideia.
Todavia, qual não é a minha surpresa ao perceber que não há nenhuma guarnição em se tratando de todos os quartos.
Estranho...
Sem tempo para especulações, aceito minha boa sorte e avanço pela ala, com destino certo até meu quarto. Antes, porém, que meus dedos alcancem a maçaneta, ouço um inesperado grito de mulher.
Este veio da parte do quarto do rei e me soou como um grito de pavor.
Intrigada quanto ao que possa ter gerado uma reação desta natureza, hesito um instante, então abandono minha rota inicial e corro em direção das portas duplas, escancarando-as num segundo.
Nisso, vejo-me dentro do quarto do rei e a primeira coisa na qual reparo é o corpo da criada que se encontra estatelado sobre o carpete. Não demoro a me aproximar dela e horrorizada com o achado descubro que a mulher se encontra de olhos esbugalhados, debruçada sobre uma mancha escarlate que o tecido fofo já começa a absorver.
Está imóvel, sem dúvidas, morta e isso aconteceu há pouquíssimos segundos.
Desesperada, esquadrinho todo o aposento, temendo dar de cara com o assassino, mas, para meu alivio e também apreensão, não há ninguém por perto.
Ao direcionar meus olhos rumo ao leito real, avisto Henrique Bourbon repousando pacificamente em meio aos travesseiros. E somente ao adiantar-me até sua pessoa, descubro-o tendo uma terrível adaga encravada no peito.