36º Capítulo {Livro Quatro}

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— Como isso aconteceu? — indago-lhe apavorada.

Javier se encontra transtornado e tenta a todo custo destrancar a porta do arsenal enquanto os habitantes do Toulery lhe rodeiam.

O príncipe esteve tão desesperado por não encontrar a irmã que andou de aposento em aposento, despertando a todos nós.

Trazia consigo uma angústia tão forte que contorcia-lhe o rosto para um aspecto rabugento.

— Estive com ela quase o dia todo — responde-me ele, numa voz embargada. — Nós esperamos à tardinha para nos separar. Então fui levar lady Baudin para um passeio no jardim e Elena avisou-me que iria a sala de artes para desenhar.

— Depois disso não a viu mais? — questiona-lhe mamãe, tão espantada quanto os outros.

— Não... — diz o príncipe, esforçando-se em colocar a chave na abertura da tranca. — Eu pensei que estivesse tudo bem. Foi só quando fui lhe dar o tradicional beijo de boa noite é que percebi seu sumiço. A cama estava vazia e intocada.

— Parece que a menina nem pode se aprontar para o descanso — afirma lady Rubbia.

— Eu ajudei a vasculhar os cômodos até que a encontrássemos — revela Dulce pesarosa. — Mas não tivemos nisso qualquer sucesso.

Dito isso, desvio os olhos do rosto encabulado da donzela e o fixo na direção da porta ao ouvir o estampido de sua abertura.

Dessa forma, vejo que Javier invade o cômodo tão, ou mais, inquieto que antes e começa a recolher algumas munições, bem como uma pistola.

— O que vai fazer? — indago perplexa, adentrando o recinto.

Encontrando assim um ambiente abafado, repleto de armas nas paredes, estas sustentadas em ganchos, além de outras empilhadas pelos cantos.

Aonde quer que se olhe há baús com capsulas e barris com pólvora.

— Vou caçar quem a raptou — enfatiza enraivecido. — Vou caça-lo até os confins da terra se preciso for.

— Não pode sair assim — argumento aflita. — Não temos qualquer pista de para onde ela foi e o Norte está muito perigoso...

— É com essas palavras que pretende me convencer a ficar? — questiona-me impaciente, fazendo-me recuar.

Bom... Receio que tenha razão. Não é nada reconfortante saber que sua irmãzinha está em mãos estranhas, num lugar ermo e hostil.

— Temos de parar e refletir — sugere Franco, postando-se ao meu lado. — Não é bom tomar decisões de cabeça quente.

— Já está tudo pensado! — esbraveja Javier. — Não há tempo a perder. Eu sei exatamente para onde ela foi levada.

— Sabe? — questiono surpresa.

À Espera da Coroa - LIVRO 4 - CIR.Onde histórias criam vida. Descubra agora