53º Capítulo {Livro Quatro}

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Posiciono-me diante das portas duplas do salão e ajeito meu avental, de modo que fique perfeitamente apresentável.

Eu jamais desperdiçaria o uso do meu vestido de noiva com aquele imbecil monstruoso de uma figa, por causa disso, tomei a liberdade de emprestar um dos vestidos de Laura.

Estou certa de que não se incomodará.

Além disso, vi-me obrigada a estragar o lindo penteado que ela havia me feito para que colocasse a touca em seu devido lugar e agora também remexo nela para que fique melhor posicionada.

— Tem certeza do que vai fazer, filha? — questiona-me o duque, oferecendo-me seu braço como apoio. — Nós poderemos ser todos mortos se tudo der errado.

— Eu tenho certeza, pai — respondo com um longo suspiro. — Eu sei que é um risco, mas esse é um risco que terei de correr. Já não se trata de uma simples birra de minha parte. Tem a ver com o futuro desta nação e Deus irá adiante de nós. Se eu tiver que morrer nesse processo... morrerei.

Dada a resposta, o duque se inclina, plantando um beijo em minha testa e afaga a mão que mantenho em seu cotovelo, lançando-me um olhar de encorajamento.

— Estamos prontos para qualquer eventual embate — ouço Franco assegurar as minhas costas. — Ninguém irá feri-los sem antes passar sobre nós.

Ao que Jacques resmunga concordando.

Nisso, viro-me para vê-los e encontro os quatro guardas com suas espadas desembainhadas.

— Será um por todos! — exclama Dalibor com aspecto de determinação.

— E todos por um! — respondemos em uníssono, os demais guardas e eu.

Por um instante, papai me encara confuso e gesticulo com a cabeça como quem diz: "explico depois".

— Eles estão esperando no pátio principal — confidencia-me Desiderata aos sussurros. — E virão até vós quando me der o sinal — conclui, entregando-me o pires com a xícara que lhe pedi para preparar.

À Espera da Coroa - LIVRO 4 - CIR.Onde histórias criam vida. Descubra agora