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Dess balançou o corpo para a próxima janela e pulou. Não era muito difícil escalar, assim como os treinos na Sede de Leão, mas era bem cansativo.

Quando chegou ao topo, a aquariana já estava lá.

- Boa tentativa - indicou a pulseira - Mas a máquina vence homem.

A loira observou pela janela uma sala cheia de móveis caros, plantas podadas e uma mulher sentada numa cadeira giratória; ela balançava as mãos para o telefone, como se estivesse discutindo. Débora deu três batidas no vidro, a mulher virou-se e, após alguns segundos de surpresa, correu para abrir a janela.

- Débora? O que faz aqui?

- Que tal eu sair dessa janela a centenas de metros do chão e aí a gente conversa?

- - -

Enquanto a leonina estudava a sala, Elizabeth encostou-se na mesa; seus braços estavam cruzados, críticos e acusadores. Aparentava ter menos de quarenta anos, era muito bonita, com lábios fartos e pele cor de ônix. Elizabeth usava um vestido branco e colado, um longo brinco brilhante. Seu cabelo era preto e alisado, amarrado em um firme rabo de cavalo na cabeça. Era a mulher mais bonita que tinha visto.

Tudo nela inspirava elegância e confiança

- Eu não gosto de marcas de mãos gordurosas nas minhas janelas, Débora.

A aquariana fez um sinal de pouco caso e sentou-se na cadeira. Dess ajeitou suas roupas, estendendo as mãos gordurosas para a serpentariana:

- É um prazer conhecê-la.

Elizabeth olhou rapidamente para as mãos da loira, depois para seu rosto, como se a estudasse.

- O prazer é todo meu - apertou as mãos - Vocês poderiam ter usado a porta, sabia?

- Seu recepcionista idiota não me deixou entrar - Débs mexia nas gavetas, a mulher parecia levemente irritada com a ação.

- Querida - virou-se para a ruiva - O que procura?

- Você sabe, carcaças de aparelhos e tal.

- Por que não usou o celular que lhe dei?

- Porque - indicou o comunicador - Vocês não avisaram que seríamos vigiadas! Desmontei o celular para hackear o sistema.

Elizabeth parecia orgulhosa, algo do tipo: que orgulho, minha garotinha, destruindo celulares para hackear aparelhos do governo.

- Fico feliz que tenha resolvido a situação...

- É - andou até um frigobar, ela abriu e apanhou uma lata rosa - Como sempre, eu resolvo.

Débs entregou uma garrafa de água para a leonina que abriu e bebeu tudo. Elizabeth fez sinal para que Dess sentasse, ela obedeceu, ainda impressionada com a presença da serpentariana.

Enquanto a mulher cor de ônix sentava-se, Dess lembrou-se de quem ela lembrava: a Rainha, Rúbia Vekar, a mesma sofisticação e olhar profundo (mas sem ser uma maluca sádica).

- Estou feliz em finalmente conhecê-la, Alexandra de Leão. Sua tenente é uma amiga de longa data.

- Zulma? - abriu um sorriso - Está brincando? Como se conhecem?

Ela sorriu, se divertindo nas memórias do passado:

- Longa história...

Um pequeno holograma sobre a mesa brilhava ''Elizabeth O. Pampa''. Havia diversas pampas brancas em vasos de vidro pelo escritório, Dess as reconhecia, pois Zulma possuía essas plantas em sua sala. Um pequeno gesto de individualidade que o Zodíaco permitia.

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