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Harry ficou encarando o celular até que James ligasse para ele. Levou um susto, mas atendeu.

— Oi. Você leu a minha mensagem? — James perguntou sem ao menos perguntar se o filho estava bem.

O moreno se afastou dos ruivos, o suficiente para ficar a sós no telefone com o pai.

— Oi, James, estou bem sim, muito obrigado por perguntar, a viagem está maravilhosa. — Harry disse irritado. — E sim, eu li a mensagem.

— Você vem para cá ou eu vou te buscar na praia?

— Isso é sério? — Harry deu uma risada histérica. — Eu não vou para porra de jantar nenhum, devo chegar de madrugada porque a estrada é longa.

— Harry. — James disse suspirando. — Os Malfoys parecem ter gostado de você, eles pediram para que você aparecesse, é uma gentileza pela visita que fizeram à nossa casa.

— Você diz como se eu tivesse pedido para que eles fossem para lá. — Harry disparou. — Eu não vou para porra de jantar nenhum. Eu estou me divertindo muito aqui na praia e não vou para um jantar de gente chique para satisfazer seus caprichos.

James bufou do outro lado da linha. — Olha, filho, essa é a primeira coisa que eu te peço desde que você chegou em casa. Eu não estou pedindo algo extraordinário, só estou pedindo que você chegue mais cedo, dá para passar a tarde inteira com os seus amigos ainda.

— Eles marcaram em cima da hora e você espera que eu vá rastejando até quem você quer? Sinceramente, James, eu não poderia estar mais decepcionado com você. — Harry desligou a ligação antes que seu pai pudesse responder, ele começou a estralar os dedos nervosamente.

Quando estava calmo, voltou à mesa sem chamar muita atenção dos Weasleys, exceto Ron. O ruivo olhava para Harry preocupado, o moreno estava de cabeça baixa, comendo quieto enquanto os gêmeos faziam várias piadas e gracinhas, todos se divertiram, mas o clima de velório pesou.

Quando finalmente acabou de comer, Harry levantou a cabeça e viu que os ruivos olhavam para ele.

— O que foi? — Perguntou disfarçando a timidez.

— É que você não falou nada até agora. — Ginny tomou a frente. — Nós ficamos preocupados.

— Ah, relaxem, não é nada. — Harry banalizou o que sentia e guardou no fundinho do peito. — Eu estou bem, não se preocupem.

— Bom, se você diz. — George se levanta. — Vou pagar a conta, vocês querem mais alguma coisa?

— Não, não quero não. — Ron disse.

— Trás um sorvete de limão. — Fred disse.

— Para mim pode ser um de morango. — Ginny disse também.

— Harry, você quer alguma coisa? — George perguntou. — Aproveita que estou pagando em!

— Não, não quero, obrigado. — Harry deu um sorriso forçado, Fred pulou da mesa olhando para Ginny e então saiu com seu irmão.

Ginny e Ron trocaram olhares, Potter não entendeu muito bem.

— Então, era seu pai ao telefone? — Ginny perguntou sem rodeios.

— Ginny! — Ron a repreendeu.

— A cara, tá meio óbvio que é isso, eu perguntei por educação. — Rony estava prestes a reclamar com a irmã, mas foi interrompido por Harry.

— Ele quer que eu volte para um jantar que vai ter. — Harry começou. — Nós discutimos e foi isso.

— Ah, jura? — Ginny perguntou com as sobrancelhas levantadas. — Se o jantar for importante, nós não vamos ficar incomodados em chegar mais cedo, não se preocupe. Eu até acho melhor, porque os gêmeos já já estão bebendo muito e ninguém mais aqui sabe dirigir.

Número um | Drarry (pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora