Babá de bêbado

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Harry não entendia porque estava sendo arrastado para fora da festa por Draco. O Malfoy parecia bravo com ele, e também um pouco bêbado também.

- Ei, por que estamos saindo da festa? - Um bêbado Potter perguntou.

- Você já está causando demais, Potter. - Draco respondeu enfiando uma garrafinha de água na mão dele.

- Mas eu não fiz nada. - Disse indignado e não aceitando a água que Draco deu.

- Você está dando em cima de pessoas que vai acabar se arrependendo depois, é lógico que como eu sou uma boa pessoa tô te impedindo de fazer merda. - Harry revirou os olhos quase caindo e sendo segurado por Malfoy.

- Eu consigo ficar em pé sozinho. - Disse com a voz mole. - Para mim você está com ciúmes, isso sim.

- Tanto faz, vou te levar para minha casa. - Ele disse mexendo no celular.

- O que? Mas por que?

- Porque sim! Salut, tu pourrais venir me chercher au manoir Zabini? C'est vrai, c'est vrai. Merci beaucoup.

- Merci beaucoup? Isso é francês?

- É, meu motorista fala francês. - Draco disse sem muita paciência. - Agora toma essa água que eu te dei, anda.

- Mas por que? - Draco suspirou antes de responder.

- Amanhã você vai acordar quase morrendo e eu não vou querer ser babá de um marmanjo de ressaca.

- Como você é mau. - Harry fez biquinho para ele.

- Toma logo a água. - Harry obedeceu tomando a garrafa quase inteira e ainda estava se apoiando em Draco.

Draco cheirava a baunilha, suas roupas sempre estavam exalando perfume, nunca estavam amassadas, amarrotadas ou manchadas. Ele estava lindo naquela noite. Seus cabelos estavam rebeldes, lhe dando um ar despojado, ele usava uma roupa chique, daquelas que deveriam custar um salário inteiro de James. Ele portava um sorriso discreto enquanto estava ali com Harry, parecia querer proteger o Potter de uma galera que conhecia bem como eram.

Assim que o carro chegou, Harry acabou dormindo encostado em Draco. O Malfoy olhava para ele preocupado, o motorista conversava sobre a festa e perguntou se tinha se divertido. Até que no caminho de volta as coisas pareciam ser tranquilas.

Harry cheirava a incenso de canela, e perfume. Estava muito bonito também. Draco reparou que ele estava usando uma roupa cara, das quais seu pai costumava usar quando estava em casa. Tinha um Allstar impecável de tão novo, Malfoy reparou. De repente começou a se questionar se Harry tinha se alimentado direito naquele dia, por ter ficado tão fraco para as bebidas que tomou. Também se lembrou como as pessoas zoavam o fato de ele estar sempre preocupado com Harry durante a festa. Se bebia demais, com quem estava, o que estava fazendo. Quase como um pai responsável.

Quando chegaram, ele acordou Harry, que tinha babado em sua blusa e estava sonolento. Começou a arranhar um francês fajuto com o motorista, que escondia uma risada. Draco revirou os olhos puxando o Potter pela blusa para dentro da mansão, dando ordens para o motorista fingir que nunca tinha visto aquilo vindo de Harry.

Assim que entrou na mansão, o moreno pareceu surpreso com o quanto o loiro era rico. Sabia que tinha dinheiro. Mas olhava em volta e via muito mais que riqueza, via também luxúria e exalava aos Malfoy. Uma mansão digna de uma família bilionária.

- Olha, eu não confio em você dormindo no quarto de hóspedes, então você vai dormir comigo. - Draco começou dizendo. - Eu vou te enfiar no chuveiro e você toma um banho. Tenho algumas roupas para você usar de pijama, então não se preocupe quanto a isso.

Número um | Drarry (pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora