Número um | Drarry (pausada)

Um segundo encontro

Harry conseguiu aproveitar mais o passeio, adorou o vento batendo em seu rosto, com a viseira aberta, ele gostou mais ainda de estar próximo de Draco e também de passar um tempo que tanto queria com ele.

Draco cheirava a baunilha, seu cabelo era macio e bagunçava um pouco por causa do capacete.

Ainda segurando em Draco, Harry percebeu que se sentia seguro ali. Era maluquice pensar que eles se odiavam, ele segurando em sua cintura e andando de moto.

Uma coisa que tinha mais medo no mundo era de motos. Quando pequeno, Sirius o levou para passear em uma motinha que tinha, mas Harry acabou se desequilibrando e caindo, a velocidade não estava tão acelerada para que se machucasse feio, porém houve uma cicatriz em sua testa, que ele esconde com uma franja. E pensar que a cicatriz foi provocada por uma moto e desde então ele nunca mais andou em uma, mas estava ali com Draco. Ele percebeu que o Malfoy olhava para ele pelo retrovisor.

Harry criou coragem e soltou os braços da cintura dele e os estendeu como se tivesse voando em um pássaro gigante. Um sorriso de divertimento saiu de seu rosto e ele sentiu em seu peito uma adrenalina boa.

Tinha se libertado do medo de andar de moto, em um dia completamente aleatório de sua vida. Era estranho pensar que agora estava se divertindo estando em cima de uma.

Sirius precisava saber disso.

Quando chegaram na casa de James, para buscar as coisas de Harry, Briana disse que tinha visto a mensagem que o afilhado mandou e adiantou para ele as suas coisas que cabiam em uma mochila. Não era tudo que ele tinha, porque se tornou o dobro de quando chegou na casa do pai, mas também não era pouca coisa.

– Você vai arrumar um bom lugar para ficar, querido? Eu jamais me perdoaria se algo acontecesse com você.

– Não se preocupe, ele estará em boas mãos. – Draco disse colocando as mãos nos ombros de Harry.

– Obrigado, você está salvando boas noites de sono que vou ter a partir de agora e James também.

– Puff, ata. – Harry disse murmurando.

– Vou cuidar dele muito bem, não precisa se preocupar. Temo que ele será bem mais tratado que eu lá na minha casa.

– Isso é exagero. – Harry bateu no braço dele.

– Eu fico mais aliviada assim. – Briana suspirou. – Eu deixei várias proteções na sua bolsa. Deixei aqueles chás que você gosta, incensos e mais algumas espumas de banho que você adora.

– Hum, obrigado. – Harry olhou para Draco. – Tem mais algumas coisas que eu quero pegar, você vem comigo?

– Claro! Com licença.

– Toda. – Briana respondeu vendo eles subirem as escadas juntos. Desde que jantaram aquele dia em sua residência, a mulher via um bom pontencial neles. Os enxergava como um casal, no qual ainda precisava acreditar que serão um casal.

Quando Harry entrou no quarto começou a espirrar pela quantidade de cheiro de incensos que lá estava.

– Eu não posso esquecer disso. – Harry pegou em cima da bancada um produto de skin care, que Draco achou estranho.

– Mas... Lá tem tudo que você vai precisar.

– Cala boca, foi uma desculpa para eu poder ficar sozinho com você!

– Oh, desculpe. – Harry sorriu e se aproximou dele.

– Você quer?

– Se for o que estou pensando, sim.