A Bela Dama

Dezenove

— Adel, quando percebeu que eu estava gostando de você?

Adele arqueou as sobrancelhas ao notar que havia sido chamada pelo apelido, pensei em me desculpar mas ela logo informou que havia gostado. Assenti, então ela respondeu a minha pergunta.

— Acho que já cheguei a comentar a resposta... Percebi sua atração por mim depois da sua crise de ciúmes e sua confissão.

— Ah é. — Saco, não acredito que desperdicei uma pergunta. — Posso perguntar o que sente por mim?

A mais velha engoliu em seco a garfada que havia levado até a boca, sutilmente limpou o canto com o guardanapo.

— Sendo bem sincera? Bom, não sei... Está acontecendo tudo tão rápido.

Assenti um pouco decepcionada com a resposta tão vaga. Eu tinha tanta certeza do que sentia pela Adele, me sentia mal por saber que a recíproca talvez não fosse verdadeira. Como ela mesma disse, paixão é diferente de amor.

Voltei a comer em silêncio.

Adel perguntou se eu gostaria de falar mais alguma coisa, apenas neguei com a cabeça.

— Acho que está na minha vez de perguntar, posso?

— É claro. — Repousei o garfo sobre o prato.

— Quando se deu conta da atração que sentia por mim?

— Não sei, acho que sempre tive sentimentos, primeiro admiração e depois a atração. — Te analisei. — E tem como não sentir algo estando perto de você?

Suas bochechas coraram levemente.

— Nós duas estamos em uma vibe mais romântica, eu acho fofo. — Sorriu.

O início sempre foi a melhor parte de uma relação, pensei depois de ouvi-la.

— Depois quero te mostrar um lugar que tem aqui por perto, posso?

— É claro, essa noite sou toda sua. — Sorri maliciosamente.

Adel sorriu meio envergonhada, me olhando de forma travessa em seguida. Aproveitei para provocá-la debaixo da mesa, passando o pé lentamente na sua perna exposta. Seus olhos se fecharam e logo em seguida se abriram lentamente, ela mordeu o lábio inferior suspirando.

— Melhor a gente voltar a comer...

— Estou com fome de outra coisa agora. — Sussurrei. — Quer me acompanhar até o banheiro?

Adele olhou para os lados.

Se levantou apoiando as mãos na mesa, ela concordou com o meu pedido me orientando a segui-la. Fiz conforme as suas orientações, entramos no banheiro e uma mulher retocava o batom matte enfrente ao espelho. Adele fingiu estar ajeitando seu cabelo até que ela se retirasse da nossa presença. Quando isso aconteceu, céus... Adele se transformou. Passou de uma mulher requintada e elegante a uma sedenta por sexo e todo o prazer que ele pudesse proporcionar. Foi até a porta para trancar. Veio em minha direção me beijando de forma lasciva, pegando-me no colo e me levando até a pia. Antes de me sentar, levantei o meu vestido rapidamente. Fazíamos tudo agora de forma estabanada. Seus lábios desceram depositando selinhos e mordiscadas por toda região do meu pescoço.

Abaixou uma alça do meu vestido deixando um dos meus seios à mostra. Começou a chupá-los me fazendo soltar gemidos baixinhos, juro que estava tentando me conter.

— Não imagina o quanto adoro seus seios, querida. — Abaixou a outra alça deixando os dois para fora.

Adele brincava, lambia e chupava meus seios. Sem desgrudar deles, começou a descer lentamente a minha calcinha.

— Fico feliz que eu tenha escolhido um vestido... — Dei uma risadinha antes de soltar um gemido abafado.

Adele apertou minhas coxas com força, abrindo as minhas pernas.

Dedilhou minha buceta revirando os olhos.

— Tão molhadinha e pronta pra mim! — Começou a massagear meu ponto mais sensível.

Voltei a beija-la desesperadamente, apertei sua bunda contra o tecido do vestido que ela usava. A mais velha gemeu entre o beijo me fazendo sorrir, tomada pelo desejo fui subindo o seu vestido também. Enfiei minha mão dentro da sua calcinha, ela também estava encharcada. Comecei a devolver a dose, tudo o que Adele fazia meus movimentos acompanhavam te imitando.

Não conseguíamos manter nossas bocas unidas devido aos gemidos. Principalmente quando nossos dedos começaram a trabalhar na buceta uma da outra, colamos as nossas testas. Vez ou outra Adele abocanhava os meus seios contornando o meu mamilo.

Adele enfiou dois dedos dentro de mim sem aviso prévio, fiz o mesmo, gemidos preenchiam o espaço que o banheiro comportava. Estocávamos a intimidade uma da outra, comecei a mexer o meu quadril aproveitando cada segundo do nosso tempo. Algumas mulheres começaram a bater na porta para entrar, Adele tampou a minha boca com sua mão livre.

— Eu tô quase lá, meu amor... — Sussurrava no meu ouvido. — Não podemos parar agora! — Mordeu o lóbulo da minha orelha.

— Só mais um pouco...

Respirava com certa dificuldade devido ao êxtase que estávamos sentindo.

As mulheres continuam batendo na porta.

— Adel, e-eu vou gozar...

Seus dedos me fodiam com mais intensidade ainda, aumentei as minhas estocadas também ao ponto de senti-la morder o meu ombro tomada pelo prazer. Não demorou muito até que atingíssemos o ápice. Nossas pernas se encontravam trêmulas, porém precisávamos nos recompor para sair daqui de dentro. Ajeitamos as nossas roupas e antes de sair, Adele beijou meus lábios com ternura.

Sorri.

Abrimos a porta um tempo depois e saímos como se nada tivesse acontecido, ignorando o murmúrio das mulheres que antes esmurravam a porta.

— Vamos para um lugar mais apropriado. — Avisou indo pagar a conta antes de irmos.

Assenti esperando ao lado de fora em frente ao seu carro.

Adele saiu do restaurante pegando na minha mão e me direcionando para dentro do carro. Antes de dar partida, coloquei o cinto, quando fui encará-la, Adele me pegou de surpresa em um beijo apaixonado. O impacto foi tanto que precisei me apoiar na janela. Sua língua contornava a minha deliciosamente, céus, eu poderia ficar a noite toda assim. Antes que o tesão se acumulasse ao ponto de transarmos no carro, a mais velha se afastou com muito custo ligando seu carro.

— Eu conheço um hotel aqui por perto, tudo bem?

Balancei a cabeça em concordância.

Nossa, nunca na vida me imaginaria entrando em um hotel... Principalmente com a minha patroa. Nem nos meus melhores sonhos foram capazes de prever algo como esse.