Uma despedida

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A noite se desdobrava como um manto escuro quando Billie conduziu o carro até a rua tranquila onde a casa de Emy se escondia. Estacionando discretamente na esquina, ela pediu a Emy para se cuidar e ligar caso precisasse de algo antes de seguir para sua própria casa.

Ao chegar, Billie notou que algo estava profundamente errado. Sua mãe, Maggie, estava sentada na sala, com lágrimas incessantes e Finneas, seu irmão, tentava acalmá-la. Preocupada, Billie se aproximou.

Billie: Mãe, o que aconteceu? Por que você está assim?Maggie, entre soluços, tentou encontrar as palavras para expressar a tragédia que havia se abatido sobre a família.

Maggie: Acabei de receber uma ligação, Seu pai... Ele sofreu um acidente. Está no hospital.

Maggie, entre soluços, tentou encontrar as palavras para expressar a tragédia que havia se abatido sobre a família.

O peso da notícia desabou sobre Billie como uma avalanche. Sem hesitar, a família se reuniu e dirigiu-se ao hospital, trocando palavras e memórias sobre o homem que, apesar de seus defeitos, era o pilar da família.

O carro avançava pela noite, envolto em um silêncio pesado. No banco traseiro, Billie olhava para a janela, perdida em pensamentos sobre o pai que, até agora, apenas conhecia por sua rigidez e desaprovação.

Finneas: (tentando quebrar o silêncio) Billie, você se lembra da vez que ele nos levou para pescar? Ainda éramos pequenos, você uma loirinha bagunceira não sabia nem se vestir (riu)

Billie virou-se para Finneas com surpresa, sua expressão indicando que não tinha memória desse evento específico.

Finneas: (sorrindo) Ele fez isso uma vez, não foi algo comum, mas foi um dia divertido. Ele ria conosco, contava histórias, parecia tão diferente do pai que conhecemos em casa.

Maggie, sentada ao lado de Finneas, também se uniu à conversa, compartilhando lembranças que, de alguma forma, Billie nunca tinha conhecido.

Maggie: (com um sorriso triste) Lembro-me das vezes em que ele tentava ajudar você com a lição de casa, Billie. Mesmo quando estava cansado do trabalho, sentava-se contigo até entender completamente.

Billie absorvia essas histórias com uma mistura de surpresa e melancolia. Era como se ela estivesse descobrindo um lado do pai que sempre esteve à sombra de sua própria jornada difícil.

Ela era muito nova quando viveu essas memórias com o pai, é como se ela tivesse crescido e sido esquecida pela própria família, deixou de ser a princesinha do papai. Ela se sentia triste

Chegando ao hospital, a energia era tão pesada que a morena mal conseguia sustentar seu próprio corpo. Depois de serem chamados pelo médico, o mesmo explicou que Patrick havia batido o carro em meio a estrada, perdeu muito sangue e dificilmente seria salvo, mas antes de apagar totalmente disse que queria se despedir de sua família e principalmente de sua filha.

E assim a família foi a caminho do quarto.

O quarto estava iluminado apenas pela luz fraca dos monitores médicos. Ao entrar, Billie viu seu pai deitado na cama, inconsciente. Um sentimento de impotência circulou seu corpo

Billie: (sussurrando) Pai, nunca imaginei que estaríamos aqui. Gostaria de entender, de verdade.

Finneas e Maggie permaneceram em silêncio, respeitando o momento íntimo de Billie com o pai. Ela falou de suas frustrações, mágoas e desejos não realizados, sem esperar uma resposta que ela sabia que nunca viria.

Billie: (com a voz trêmula) Talvez tivéssemos mais tempo se as coisas fossem diferentes.

Patrick abriu pouco os olhos pela Alta claridade e segurou na mão de sua filha mais nova e sussurrou:- você é minha princesinha, me desculpe por não ser o melhor pai, não importa oque acontecer vou estar sempre olhando para você, te amo para sempre...- disse em meio a dificuldades e fechando os olhos

Billie sorriu em meio a lágrimas, ela não queria que ele se fosse! Eles se desculpou, e deveria ficar ao lado dela!

Não pôde! Não pode me deixar de lado de novo!

O monitor cardíaco continuava seu ritmo constante, mas, de repente, algo mudou. O som diminuiu, e Billie, apreensiva, chamou por ajuda. A equipe médica correu para o quarto, mas era tarde demais. O coração do pai parou.

Billie: (em choque) Não! Isso não pode estar acontecendo!

Maggie pediu para fazer massagem cardíaca mas o inevitável já tinha ocorrido. Finneas tentou consolar Billie a abraçando o mais forte que cinseguia, mas os irmãos estavam agora diante da triste realidade da perda.

Finneas: Ele se foi, Billie... (Disse cheio de lágrimas)

O silêncio era quase tangível no quarto enquanto a família processava a perda. Maggie, ao ver o sofrimento de Billie, aproximou-se dela.

Maggie: (chorando) Sinto muito, Billie. Sinto muito por tudo.

Billie, mesmo em meio à dor, sentiu uma pontada de compreensão. As palavras de desculpas de Maggie abriram caminho para a reconciliação.

Maggie: (com sincero pesar) Billie, eu realmente sinto muito. Sinto muito por todas as vezes que não te compreendi, por tentar moldá-la a uma imagem que eu pensava ser correta. Eu falhei como mãe.

Billie apenas ficou quieta, não queria falar sobre isso agora, ela só pensava no pai.

Ela queria sentir o abraço de Emy e queria o papai dela de volta


"love between whispers" amor entre susurros G!POnde histórias criam vida. Descubra agora