Capítulo 29 - Vivendo a vida

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Estava muito emocionada por conhecer o meu pai, tudo aquilo parecia um sonho. Ele me levou até o trabalho e combinamos de nos encontrar outro dia. Eu percebi que ele estava muito emocionado e queria falar muita coisa.
Seria bem difícil se concentrar no trabalho, depois de tanta emoção.
Oto estava ansioso pra saber o resultado do exame e combinamos de almoçar juntos. Aquilo mudaria minha vida e meu noivo teria que saber.
Chegamos no restaurante e já fomos fazendo o pedido pra adiantar, estava chocada com todas as emoções e resolvi começar a falar pra ele.
- Oto eu tenho uma notícia que vai mudar minha vida e a sua também. Finalmente conheci o meu pai. - eu disse séria.
- Eu nem sei o que te dizer! Você conheceu o seu pai? Então o resultado do exame deu certo. Eu estou muito feliz por você Brisa. - disse Oto me olhando.
- Foi bem emocionante conhecer ele, já combinamos de nos encontrar, pra se conhecer melhor. Não contei do nosso casamento e nem que ele vai ser avô. É muita coisa ao mesmo tempo. - eu disse emocionada.
A gente conversou bastante e almoçamos tranquilamente. Ter pai era algo que eu sempre quis, agora eu saberia algo da minha família.
O dia passou super rápido e já era hora de ir embora. Quando eu estava já saindo, Felipe me chamou pra conversar.
- Eu posso conversar com você? - disse ele me encarando.
- Claro! Pode falar Felipe. - eu disse preocupada.
- Você acha que vai dar certo seu casamento com o Oto. - ele disse sério.
- Eu amo o Oto e sei que ele me ama. A gente se dá super bem. Tem tudo pra dar certo. - eu disse firme.
- Eu acho precipitado vocês se casarem. Não acha melhor conhecer ele mais um pouco? - ele disse se aproximando.
- Eu acho que é a melhor hora agora. Já temos certeza do que sentimos, porque adiar essa decisão. - eu falei se afastando um pouco.
Felipe me colocou na parede e cheirou o meu pescoço. Aquele tipo de aproximação era complicada, eu estava comprometida. Ele sentiu que tinha ido longe demais e se afastou.
- Me desculpa Brisa! Mas quando estou perto de você, quero te tocar e te sentir. - disse ele ofegante.
- Felipe você é meu amigo, não quero que confunda as coisas. Se eu tivesse solteira, seria bem diferente as coisas, iamos nos divertir bastante. - eu disse o encarando.
- Isso não vai mais acontecer. Não quero perder sua amizade. - ele disse preocupado.
A gente se despediu com um abraço e percebi que Oto tinha visto nosso cumprimento.
- Eu estava com muita saudade de você. - eu disse abraçando ele.
- E esse abraço no Felipe? Ele acha que um dia ainda vai ter chance? - disse ele um pouco irritado.
- Ele é um bom amigo. Só você que tem chance comigo. Quero ficar sozinha só nós dois, quero te curtir bastante. - disse beijando ele.
Nós dois trocamos um longo beijo e declarações apaixonadas. Eu amava ver o Oto com ciúme.
Quando cheguei em casa, recebi uma mensagem do Guerra. Estava me convidando pra jantar na casa dele na sexta e pediu que eu levasse quem quisesse. Ele falou que estava feliz que a gente ia poder se falar sempre e que eu podia pedir ajuda em algo, se precisasse.
A semana passou muito rápido e já tinha chegado o jantar na casa do Guerra. Ele me falou que iria estar ele, sua filha e o genro, não ia ter muitas pessoas.
Me arrumei com um vestido que eu gostava e passei uma maquiagem super leve, Oto já estava pronto me esperando. O jantar foi marcado as 20 horas e não queria que a gente se atrasasse, pedi pra sair um pouco mais cedo do trabalho.
Fomos super bem recepcionados pela empregada, que pediu pra gente entrar e aguardar na sala, que logo o Guerra iria receber a gente. Eu ainda tinha dificuldade de chamar ele de pai e falar senhor Guerra era estranho.
Eu estava impressionada com o luxo daquela casa, cada item da decoração era muito lindo. Se eu tivesse uma casa desse tamanho, ia querer decorar dessa maneira.
Oto estava feliz em me ver daquela forma, ele sabia que era importante pra mim ter uma família.
Guerra nos cumprimentou e falou que estava muito feliz com a nossa presença. Ele disse que faltava o genro chegar e que sua filha estava se arrumando no quarto.
O clima estava bem tranquilo, nós ficamos conversando um tempo na sala, quando o interfone tocou e a empregada informou que o genro do Guerra estava na porta e ela iria abrir pra ele. Quando vi Ari entrando fiquei bem surpresa e a gente se cumprimentou fingindo normalidade. Não esperava que ele namorava a filha do meu pai, que era minha meia irmã. Era muita informação pra processar de uma só vez. Pouco depois Chiara apareceu com uma cara estranha e cumprimentou a todos, percebi na hora que ela não estava confortável com a situação. Deve ter sido tratada como a princesa do papai e tinha todas as atenções voltadas pra ela e agora teria que dividir o amor do pai com outra filha. Decidi não forçar uma amizade com ela, iria tratar ela bem, mas nada de puxar o saco. Eu mal conhecia ela, teríamos que ir nos conhecendo com o tempo.
A comida estava maravilhosa e correu tudo bem durante o jantar. Percebi que o Ari me lançava alguns olhares, mesmo estando com a namorada. Pelo jeito ele nunca tinha superado o nosso término, mas o meu amor agora era de Oto. Ele tinha me dado o maior presente, que estava crescendo na minha barriga.
Meu pai quis conversar comigo após o jantar e me ofereceu um bom apartamento, já totalmente mobiliado e falou que eu poderia fazer o que quisesse com ele. Se ofereceu pra fazer algumas modificações e queria que eu deixasse do meu jeitinho. Como eu iria casar com Oto e morar no apartamento dele, decidi pensar no que fazer com o apartamento. Ele ficava em uma ótima região, poderia vender ele e investir o dinheiro. Naquele momento não ia morar lá, porque tinha decidido morar com o Oto e já estávamos planejando o casamento.
Eu não queria casar no final da gravidez, então teríamos que apressar as coisas. Faltava poucos detalhes e já tínhamos marcado a data.
Alguns meses se passaram e tinha chegado o momento de saber o sexo do nosso bebê, eu estava muito sensível aqueles dias, andava chorando por qualquer coisa. Tive alguns enjoos e algumas tonturas, no comecinho da gravidez, mas agora já tinha melhorado bastante.
Oto estava tão emocionado quanto eu, entramos no consultório da doutora e já estava pronta pra fazer o ultrassom. Com toda calma do mundo ela passou o gel na minha barriga e passou o aparelho aos poucos. A gente estava muito ansioso e queria saber logo se teríamos uma garotinha ou um garotinho.
- Já dá pra saber se é menino ou menina? - eu falei curiosa.
- Me parece que a perninha está um pouco na frente, mas vamos continuar o exame, que geralmente eles se mexem e a gente consegue ver. - disse a médica concentrada.
Quando já estava no finzinho do exame, ela conseguiu ver o sexo do bebê, dessa vez nosso bebê tinha colaborado.
- Vocês vão ter uma menininha. Está tudo certo com a sua gravidez. Agora é continuar se cuidando, pra manter uma gestação tranquila. - ela disse sorrindo.
Eu e Oto nos beijamos e ficamos emocionados com a notícia. Nos despedimos da médica e saímos do consultório animados. Na rua que a gente tava tinha uma loja de bebê, não resisti e compramos algumas roupinhas, agora já dava pra começar o enxoval.
Agora as coisas estavam dando certo, não tinha sido fácil até ali, mas tudo estava valendo a pena.

O que o último capítulo vai reservar de bom? Bora ler o próximo capítulo pra saber.

Continua...

Brisoto Resistindo ao amor 💘Onde histórias criam vida. Descubra agora