Dante*
Liguei várias vezes para o celular de Katarina e ela não atendeu, fiquei preocupado pelo que Ramona me contou que aconteceu com o quarto dela, Uriel realmente passou dos limites.
Katarina me retornou e eu já estava deitado, mas sua voz estava alegrinha demais, falou que estava na casa de uma de suas amigas, perguntei onde era e falei que estava vindo buscá-la.
Eu poderia ter deixado que ela dormisse na casa das amigas, mas a minha cama estava muito vazia sem ela, então vim buscá-la, estacionei minha moto do lado de fora da casa da amiga dela, me encaminhei até a porta e bati, a Lany amiga maloqueira da Katarina foi quem abriu a porta, ela também estava toda alegrinha.
- senhor delegato, boa noite, entra um pouquinho, Katarina está no banheiro.
Entro e vejo que elas estavam jogando cartas e se empanturrando de doces e bebidas, uma combinação não muito favorável.
- você é realmente tio do Arthur?
- sou sim Clarita.
Ela parece surpresa por eu lembrar seu nome, mas sou bom com nomes e fisionomia, me lembro bem do dia que levei elas de viatura do pagode.
- você não parece ter idade para ter um sobrinho tão velho.
Acabo rindo da afirmação de Clarita, elas realmente beberam demais, a única que parece sóbria é a anfitriã.
Katarina aparace na sala e vê que já estou a sua espera, um sorriso grande toma conta do seu rosto ao me ver, parece que não sou o único que esta feliz, ela parece feliz em me ver também.
- boa noite meninas, vou levar essa pequena AmBev embora
Katarina me encara fazendo bico, enquanto suas amigas riem da minha insinuação quanto a bebedeira da Katarina.
Nos despedimos e saímos sentido a minha moto estacionada, até que ela se dá conta que vim buscá-la de moto e não de carro.
- não vou de moto com você
- eu vou pilotar devagar
- se você correr eu vou te morder.
Coloco o capacete na cabeça dela, assim que ela monta sinto seus braços envolta da minha cintura, a sensação é muito boa, dou a partida a fim de leva-la para casa.
Hora ou outra faço um carinho no braço dela, parece que está com frio, então reduzo a velocidade e paro perto de um churrasquinho.
- vamos comer um pouco, você só bebeu e comeu doce pelo que vi, precisa de sustância
- acho que estou mesmo com fome.
Nos sentamos em uma das mesas e logo fomos atendidos pelo dono do churrasquinho, seu Chico, a farofinha dele é a melhor que já comi, sem falar do churrasco.
- nunca imaginei que você gostasse de comer num lugar simples
- sempre que estou de serviço passo aqui para jantar, o pessoal da delegacia costuma vir sempre
- o cheiro está muito bom.
Tiro minha jaqueta e coloco nos ombros dela, vejo seus olhos em mim, parece um pouco surpresa, mas não recusa, se ajeita dentro dela e ainda cheira minha jaqueta, ela realmente não tem vergonha de nada.
- está cheirando bem também?
- está sim, gosto do seu cheiro.
Acabo ficando um pouco sem graça, não esperava por essa resposta tão franca, mas agora quero muito beija-la, quero isso muito mesmo.
Olho para seus lábios carnudos sem batom, parecem vazios, precisando de um beijo, então me aproximo dos seus lábios.
- posso beijar você, ou prefere manter a gente em segredo?
Sinto suas mãos puxarem meu rosto para si e seus lábios tomarem conta dos meus, uma resposta mais clara do que essa não existe, ainda posso sentir o gostinho do álcool no seu beijo.
- não me importo que os outros saibam, achei que isso tinha ficado claro desde o jantar na casa do seu irmão
- é sempre bom ter certeza do que presumir, mas gostei da sua resposta concreta.
Olho para ela louco para beija-la mais, mas nossa comida chegou, fiquei satisfeito ao ver ela comendo tão bem.
Não sei explicar o que estou sentindo, acho que estou vivendo uma espécie de momento inefável, que eu sei que é prazeroso, mas não sei explicar, só sei que é bom demais pra ser verdade.
- parece que você me pegou de jeito
- eu fiz o que?
Ela me pergunta com um sorriso lindo no rosto, estava tão concentrada na comida que nem me escutou.
- você bagunçando minha vida
- e isso é ruim ou bom?
- eu ainda não sei, mas quero descobrir
- que frase mais para-choque de caminhão
- não estraga o momento, não está vendo que estou sendo romântico?
- desculpa, não dava pra ter certeza, tinha que descobrir.
Olhei para a cara dela, como essa pequena criatura zomba da minha dúvida, e ainda fala que meu momento romântico é frase de para-choque de caminhão? Quanta ousadia, ela levou tudo na brincadeira, mas eu estou sendo sincero e levando tudo a sério.
- já que terminou de comer vamos embora, você está muito engraçadinha hoje
- você veio me buscar pra dormir com você?
- vim te buscar por que você trabalha amanhã cedo.
Na verdade, só vim buscá-la por que realmente queria dormir com ela, mas não quero que ela saiba disso, não por enquanto, preciso primeiro saber o que realmente é esse nosso lance.
Pagamos a conta e montamos novamente na moto para ir para casa, mas sou surpreendido pelo corpo quentinho da Katarina nas minhas costas, ela abriu a jaqueta e me abraçou.
Caralho, acho que vou ser levado a loucura, minha pequena vândala faz um negócio desse comigo me deixando todo desconcertado, claro que adorei seu abraço assim, preciso andar mais de moto.
Deixei uma foto da Isadora, a amiga casada do grupinho, a foto está logo acima.
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Empregada Particular
RomanceKatarina destruiu o carro chique do seu noivo ao descobrir sua traição, mas ele chamou a polícia, e agora ela tem duas opções, ser presa por destruir o carro ou trabalhar como empregada particular para o tio misterioso do seu ex-noivo, por um ano.