Empregada Particular

capítulo 29

Uriel*

Ouço a garagem se abrindo, então me sento na sala com a arma no meu colo, quero ver qual vai ser a reação dessa filha da puta.

A casa se encontra em uma tremenda escuridão, estive a procurar por provas pela casa, mas a Nick deve ter outro lugar onde deve usar para guardar as provas.

Ouço passos vindo do lado de fora, e logo depois o barulho da chave na porta, assim que entra liga a luz e ao me ver sentada na sala sua expressão muda completamente, parece muito surpresa em ver.

- o que faz em minha casa? Como entrou aqui?

- acho melhor você não se importar com isso

- vou chamar a polícia, invasão é crime.

Me levanto irritada, mostro a ela minha arma, rapidamente ela solta o celular e me encara meio incrédula, sem entender o que estava acontecendo.

- senta na porra do sofá e me dá essa bolsa.

Acabo puxando sua bolsa de forma rude, ninguém vai nos atrapalhar, vamos ter uma conversinha bem longa.

- o que você quer Uriel? Por que está fazendo isso?

- quando te conheci no velório da minha irmã, você veio me consolar e bancar a mão amiga, cheguei a pensar que você era uma boa pessoa, mas você só queria posar de boa mulher para o Dante.

Acabo rindo de mim mesma, a minha gargalhada ecoa pela casa vazia, me sinto feita de tola, e isso me deixa extremamente irritada, odeio quando fazem de besta da minha cara.

- não me aproximei de você por causa do Dante, claro que te conheci por causa dele, mas sempre nos falamos

- você passou a conversar mais comigo depois que soube que fui morar na casa do Dante, até então eu era apenas a oportunidade que você tinha de mostrar que era uma boa amiga e posar de boa mulher para que o Dante te notasse, mas isso não aconteceu não é?

Caminho pela sala, dando voltas ao redor da poltrona em que a Nick está sentada, suas mãos estão desinquietas.

- eu era uma mulher casada, não estávamos vivendo o mesmo momento, claro que não iria desrespeitar o meu casamento por causa do Dante, agi apenas como uma boa amiga

- está tentando enganar a quem?

Sussurro bem próximo ao seu ouvido, quero que essa puta sinta medo de mim, por que vou fazer com que se arrependa do dia em que nasceu.

- quer saber, já chega dessa palhaçada Uriel, vai embo...

Ela se levanta falando toda estressada, mas acabo dando um tapa bem forte em seu rosto, isso a faz cair, não permito que ela termine a fala.

- não mandei você levantar, é melhor sentar sua banda nessa poltrona e fazer apenas o que eu mandar, não estou de brincadeira com você.

Ela se levanta do chão me olhando torto, sentou na poltrona e limpou o nariz que acabou sangrando.

- sabe qual a melhor parte, depois de todo seu maldito esforço o Dante nunca olhou para você, ele simplesmente se interessou por uma empregada, e ela tem mais valor do que você

- você não sabe do que está falando, o Dante não quer nada a sério com ela

- acho que nesse ponto você está muito enganada, eu cheguei a pensar o mesmo, mas quando vi como o Dante a tratava tive dúvidas, até que eles começaram a dormir no mesmo quarto, na mesma cama, dividirem o mesmo guarda-roupa, ele estava realmente levando aquela garota a sério, você bem que tentou atrapalhar e eu te ajudei sua filha da puta.

Agarro seus cabelos com força, sinto tanto ódio que tudo que quero é bater nela sem parar.

- fiquei sabendo que você é a responsável pela morte da Isabela, e hoje você vai me contar como fez isso e onde está a arma do crime

- não seja louca Uriel, não matei ninguém, nem sei do que você está falando

- acha mesmo que acredito em você?

- deveria, pois eu não tenho nada a ver com o que aconteceu com a Isabela

- vou te levar para um lugar bem especial, lá vamos ver se você vai manter sua mentira

- pra onde você vai me levar sua louca?

- vai saber quando chegarmos lá, acho melhor você não mentir pra mim, vou te fazer se arrepender de ter nascido.

Dou uma grande gargalhada, e a Nick me olha com os olhos arregalados, neles contem medo, então noto que ela faz movimento para se levantar, mas acabo dando uma coronhada nela e a apagando.

- puta infernal, vou te fazer se arrepender do dia em que nasceu.