𝑪𝑨𝑷Í𝑻𝑼𝑳𝑶 9: A Estrela Guia

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Claire decidiu que iria tomar um pouco de ar fresco e beber um chá. Enquanto colocava suas luvas, viu uma família saindo da Ópera, imediatamente, ela reconheceu a mulher, era Christine.

A Condessa de Chagny andava sorridente de mãos dadas com seu pequeno filho e marido, eram uma bela família. Claire pensou em Erik novamente, talvez ele tenha os visto, e tal visão o deixaria triste. Com um pouco de incerteza, a soprano decidiu visitar seu amigo mascarado nas catacumbas. Em alguns minutos, ela estava caminhando pelo corredor estreito, porém, parou ao ouvir a voz de Erik.

" Eu fecho meus olhos e vejo os teus
Um brilho intenso, um sorriso que me seduz
Teu jeito encantador, me faz suspirar. "

O coração de Claire aqueceu-se ao ouvir aquela bela melodia. A voz dele era grave e ao mesmo tempo suave, e cada palavra era acompanhada pelas notas do órgão.

" És a estrela que me guia!
A musa desta melodia
E em teus braços encontro minha harmonia
Não sei dizer o que sinto
Pois as palavras não bastam para expressar

Toda a ternura e... "

Ele grunhiu e soltou um suspiro abatido. Claire ficou em silêncio, prestando atenção em cada som produzido pelo homem. Erik também ficou em silêncio por um tempo, até começar a falar novamente.

- Não, não devo fantasiar assim. Ela não me merece, ela merece alguém muito melhor...

"Com certeza ele fala de Christine." pensou Claire.

A soprano deixou o covil pensativa. Aquela melodia, mesmo não sendo terminada, era linda. Erik realmente era um talentoso compositor. Claire passeava pelas ruas de Paris sem conseguir tirar aquela música de sua mente, passando por uma vitrine, viu algo que a interessou. Com um sorriso no rosto e uma ideia para por em prática, ela adentrou na loja.

Erik estava deitado em sua cama, seu peito subindo e descendo acelerado. Sua mente estava à mil e ele não queria acreditar que estava caindo novamente naquela armadilha de seu próprio coração. Sua mente teimosa insistia em parar, mas sua alma era contra.

- Não, nunca mais vou amar, eu jurei, e assim será feito! - ele rugiu.

Ayesha sentou-se ao lado do homem e o encarou frieza. Erik olhou para a gata e bufou, não aguentava mais suportar a bagunça que tomava conta de Seus pensamentos apenas para si.

- Ayesha, você não entende nada do que digo, mas é a única com quem posso conversar. - o mascarado se sentou e começou a falar. A felina apenas o encarava com atenção. - E arde, como se uma chama queimasse minha pele. Ela é tão atraente, Deus! E aquele vestido vermelho? Nossa, ela é a mulher mais sensual que já vi em anos.

- Mas não vou achar que é paixão. Não quero passar por aquilo outra vez. E também não desejo que ela me ame por pena. Eu sou um monstro, um assassino com o coração partido, ela é o verdadeiro Anjo, a estrela mais brilhante no céu. Muitos homens fariam de tudo para ter pelo menos uma noite ao lado dela, e certamente, há alguém que mereça uma mulher tão especial, e esse alguém não sou eu.

A gata se aconchegou nos braços de Erik e ronronou. O homem suspirou e acariciou o pelo da gata com um breve sorriso, ela estava o consolando.

𝑵𝑬𝑽𝑬𝑹𝑴𝑶𝑹𝑬 - O Fantasma da ÓperaOnde histórias criam vida. Descubra agora