𝑪𝑨𝑷Í𝑻𝑼𝑳𝑶 10: Beijos e Carícias

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" Beije-me."

O coração de Erik errou uma batida. Sua mente estava à mil e ele não tinha certeza do que fazer agora. Jurou que não iria cair novamente nas armadilhas do amor, mas agora ele não sabia o que escolher, seguiria a razão ou a emoção?

Ele sentia como se fosse morrer de tanta incerteza, aqueles lábios convidativos podem colidirem com os dele, mas Erik estava confuso. Então, com um suspiro e um leve sorriso, Claire beijou a bochecha do homem.

— Eu acho que...Nós dois não estamos prontos para dar um passo tão grande.

— Mas um beijo não é um passo tão grande assim.

— Bom, para mim é! — ela cruzou os braços.

— Ainda seremos amigos depois disso, ou você irá ir embora e me deixar?

— Eu nunca faria tal coisa! — a jovem franziu o cenho.

— Estava apenas brincando, desculpe.
— ele riu. — Mas apenas uma pergunta, por que quer beijar um assassino? Há muitos homens interessados em você por toda a Paris.

— Porque você é o homem em que mais confio. — a Prima-Dona abaixou a cabeça e disse com um sorriso bobo nos lábios:
— E também o mais atraente.

Isso foi a gota d'água para Erik, ela o achava atraente. Como alguém poderia dizer tal coisa? Nem a pessoa mais bêbada do mundo diria isso. O rosto do homem ficou cada vez mais avermelhado, seu coração batendo desregulado novamente, então, ele sentiu as famosas borboletas no estômago. Que sensação boa.

— Você realmente acha isso de mim? Mesmo sem a máscara? — as mãos delicadas da moça cautelosamente retiraram a máscara do rosto do homem, revelando sua deformação. — Ainda tem tanta certeza do que disse?

— Tenho. Com ou sem máscara, você sempre continuará sendo o mesmo Erik com quem vivi os melhores dias da minha vida. — ela segurou seu rosto, lágrimas se formavam em seus olhos. — E eu te amo, independente de sua aparência. Eu te amo, Erik Destler, mesmo que você ainda ame Christine, eu sempre vou estar aqui e te apoiar e acima de tudo, te amar.

Ao ouvir aquelas palavras, Erik sentiu o mundo ao seu redor desaparecer, ele era amado por alguém. Seus olhos se encheram de lágrimas, que logo começaram a escorrer por seu rosto. Parecia que toda a incerteza havia deixado  mente de Erik, seu coração havia vencido a guerra interna que ele tinha. Sua mão se aproximou do rosto da soprano, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Então, sem nenhum aviso prévio, o homem juntou seus lábios.

Claire estava surpresa, mas logo se deixou levar pela magia daquele beijo. Seus mãos foram até a nuca de Erik, o trazendo para mais perto de si. Seus lábios se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro. Ao se separarem, estavam ofegantes e com as bochechas ruborizadas.

— Diga que me ama. — a voz rroucae sedutora de Erik tomou conta do lugar.

— Eu te amo.

Erik beijou os lábios da jovem mais uma vez, e depois distribuiu beijos por toda a face de Claire e logo depois, seus lábios começaram a trilhar o pescoço da Prima-Dona, que corou violentamente.

— E-Erik! — ela colocou a mão sobre a boca.

— Estou indo rápido demais?

— Não, continue o que está fazendo.
— seus olhos brilhavam em puro êxtase.

O homem continou a beijar o pescoço da soprano, suas mãos repousavam na cintura da mesma e a apertava levemente. Claire estava sentindo muitas coisas novas, em toda sua vida nunca foi tocada assim, e isso a fazia ficar ainda mais envergonhada, principalmente por Erik estar fazendo isso com ela.

— Eu te amo, Erik...

— Eu também te amo, minha Claire.
— ele mordiscou o pescoço da mulher.

— Ah! — ela mordeu o lábio inferior.

— Me desculpe, realmente não consegui me conter. — ele sorriu maliciosamente.
— Você é muito atraente, inclusive usando essa camisola.

— Oh, obrigada, monsieur. — seu riso fez com que Erik implorasse para ouvir aquela risada novamente.

— Está tarde, não acha que deve voltar ao camarim?

— Posso passar a noite aqui? Não quero ficar sozinha naquele quarto.

— Claro que pode ficar aqui, afinal acho que esse era seu plano desde o início, sua pequena travessa. — ele sorriu.

— Talvez fosse.

E algum tempo depois, Claire havia adormecido nos braços de Erik. O homem deixou um beijo casto na testa da jovem e fechou os olhos para dormir ao lado daquela mulher que reacendeu a chama de seu espírito, agora ele se sentia verdadeiramente vivo.

[ . . . ]

Claire abriu os olhos lentamente e viu que estava na cama de Erik. Ouvindo uma respiração ao seu lado, ela virou-se e viu Erik, ainda adormecido. A moça se inclinou e beijou a bochecha do rapaz. Quando decidiu se levantar, sentiu um par de mãos agarrarem sua cintura, fazendo com que ela deitasse novamente.

— Aonde pensa que vai? — perguntou Erik ainda sonolento.

— Oh, não sabia que estava acordado. Que horas são?

— Por volta de seis horas da manhã. Mas por favor, fique um pouco comigo, não quero que você vá embora. — ele abraçou a jovem.

— Ah, Erik, como posso recusar? Venha.
— ela beijou o lábios do homem, que derreteu com o contato.

— Você teve uma boa noite de sono aqui?

— Sim, a melhor de todas.

— Você fica hilária enquanto dorme.
— Erik riu.  — Jamais vou me esquecer disso.

— Idiota.

—  Irei aceitar isso como um elogio.

Então, havia chegado a hora que eles temiam: A despedida. Os dois já estavam parados em frente a passagem do espelho, seus dedos entrelaçados e olhares focados na visão que tinham do camarim. Erik levou a mão de Claire aos lábios, a mulher o abraçou e deixou um selar em seus lábios.

— Eu vou te encontrar mais tarde, tudo bem? Se cuide. — disse a soprano.

— Estarei aguardando ansiosamente para te encontrar. Até breve, minha estrela.

— Até!  

E assim, eles se separaram, segundo caminhos diferentes. Enquanto Claire andava pelos corredores iluminados do teatro acima, Erik vagava pelas sombras, ouvindo e vendo tudo com atenção, inclusive sobre os ensaios para a próxima apresentação, que marcaria o início do sucesso da bela Claire, e o mascarado estava ansioso para ajudá-la com os ensaios, assim ele passaria mais tempo com aquela mulher adorável.

𝑵𝑬𝑽𝑬𝑹𝑴𝑶𝑹𝑬 - O Fantasma da ÓperaOnde histórias criam vida. Descubra agora