Era mais uma manhã em Paris, uma semana depois dos acontecimentos da noite da véspera de Ano Novo. Valentin Bertrand estava morto, alegam que o motivo foi alguma dívida com o mercado negro.
Sua herança passou para seu herdeiro, que não foi assumido por Valentin, o filho de uma empregada que trabalhava na mansão Bertrand e foi assediada por seu patrão. O jovem tinha um bom coração, e usou parte da herança para tratar dos problemas médicos se sua mãe.
Tudo corria bem no dia de hoje, pessoas trabalhando e transitando pelas ruas. Crianças brincando, cachorros latindo, formavam a atmosfera de Paris. Dentro de uma carruagem, estava Claire, desacompanhada desta vez. Sua vida mudou muito em uma semana. Agora, vivia na propriedade de seu pai, que sempre estava disposto à conversar com ela e levá-la para passeios. A moça tinha uma expressão preocupada e balançava seus pés com ansiedade. Então, ouvir o som dos cascos dos cavalos cessarem, ela havia chegado ao seu destino.
Descendo da carruagem, Claire olhou para a construção diante dela, havia uma grande placa, que estava escrito: Hospital.
Ela adentrou no prédio, vendo as enfermeiras com suas roupas brancas e pacientes com suas famílias. Caminhando lentamente, a jovem tinha os olhos marejados, com medo do que encontraria hoje. Havia recebido uma carta do médico dizendo que precisava que ela viesse urgentemente ao hospital, e essas palavras fizeram seu sangue gelar. Claire parou em frente à porta e desviou o olhar para sua aliança. Com um suspiro determinado, ela abriu a porta e deu um passo para dentro do quarto, seu olhar focado no chão, até que ouviu uma voz:- Não quer olhar para seu noivo, querida?
Naquele momento, o coração da mulher quase havia parado. Levantando a cabeça rapidamente ela viu Erik, sentado em sua cama e rodeado pelo crepúsculo da manhã. Sua máscara reluzia juntamente com seus olhos âmbar, que emanavam o mais puro brilho.
- Erik! - ela correu até ele, o abraçando desesperadamente. Não foi possível conter suas lágrimas, e logo seus soluços começaram.
- Ah, meu amor, não chore. - ele acariciou as costas da jovem. - Eu estou aqui.
- Eu pensei que havia te perdido!
- Você nunca vai me perder. Vamos passar a vida inteira lado à lado, e ficarei mais do que honrado em ser seu marido.
- Como eu te amo, Erik. - eles se separaram do abraço. Seus rosto se aproximavam cada vez mais, até que seus lábios roçaram um no outro.
- Beije-me. - e o espaço entre eles foi preenchido por um beijo apaixonado e repleto de saudade. - Eu te amo, mais do que possa imaginar.
- Espero que se recupere logo para casarmos.
- E eu irei, em alguns dias receberei alta e então, casaremos. Estou louco para vê-la vestida de branco.
- E logo, logo, você verá, meu amor.
O casal passou horas juntos, com a companhia e conforto um do outro. Então, Claire disse que iria para casa e avisaria à todos sobre a recuperação de Erik. O mascarado se despediu de sua amada e deitou-se na cama com um sorriso nos lábios. Algum tempo depois, uma enfermeira disse que Erik tinha visitas, quando duas pessoas apareceram na porta, o sorriso do homem desapareceu. Eram o Conde Raoul e a Condessa Christine de Chagny.
- O que estão fazendo aqui? - perguntou o mascarado.
- Viemos vê-lo. Claire nos contou tudo.
- disse Christine.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑵𝑬𝑽𝑬𝑹𝑴𝑶𝑹𝑬 - O Fantasma da Ópera
FanfictionApós a partida de Christine, juntamente com o incêndio do Palais Garnier, a Ópera foi abandonada, até ser comprada e reconstruída. Com a reinauguração do teatro, uma dama misteriosa se torna Prima-dona e encanta todos com sua bela voz, inclusive o t...