| Capítulo 32 |

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Damien se irritou ao ver o prédio de Sara cercado por carros de polícia.

Os policiais em pé na portaria estavam revistando qualquer pessoa que adentrava o local, logo, ele não conseguiria entrar... Não com a pistola escondida sob seu paletó.

— Droga! – Rosnou, sentindo o sangue ferver.

Não podia ser apenas coincidência, aquele lugar era tão tranquilo, não fazia sentido ter tantos policiais ali.

A não ser que...

Damien preferiu não levar adiante aquele possibilidade, não queria acreditar que foi traído por um membro de sua família.

Ele se aproximou de um dos porteiros, que observava tudo de longe.

— Nunca vi tantos policiais juntos. – Comentou, chamando a atenção do homem. – Sabe o que aconteceu?

— Denúncia anônima. – O porteiro respondeu. – Uma tentativa de assalto, ou algo assim. Na certa, foi algum engraçadinho desocupado, mas os policiais decidiram averiguar.

— Essas crianças de hoje em dia. – Damien comentou, recebendo um sorriso do porteiro. – Está no seu turno?

— Sim, eu deveria estar lá dentro.

— Vim visitar uma amiga. – Mentiu. – Sara Lance, sabe me dizer se ela está?

O homem analisou Damien com o olhar, mas não viu problema em fornecer aquela informação.

— Foi retirada pelos homens. – Falou, olhando para os policiais. – Segundo a denúncia, estavam atrás dela.

— Filha da... – Damien parou ao receber um olhar confuso do porteiro. – Eu tenho que ir.

Para Damien não restava mais dúvidas, a denúncia tinha partido de sua casa.

O ódio tomou conta de seu corpo, ele não podia crer que uma delas havia feito aquilo. Afinal, ele só estava tentando recuperar o que era dele por direito.

— Isso não vai ficar assim! – Rosnou, entrando no carro e se dirigindo até sua casa.

Sara tentava argumentar com os policiais, mas ninguém prestava atenção nela.

Naquela manhã, ela foi arrancada de seu apartamento e levada até a delegacia mais próxima. Segundo um dos policiais que a acompanhava, ela poderia estar em perigo ou algo assim.

Lance não conseguia entender direito, já que ninguém se deu o trabalho de explicar nada. Só a tiraram de casa, a jogaram na viatura e agora estava presa naquela salinha da delegacia.

Quase duas horas depois, o delegado resolveu aparecer e acabar com a angústia de Sara.

— Senhorita Lance! – Cumprimentou ao entrar na sala. – Peço desculpas por todo esse aborrecimento.

Ela revirou os olhos, sentindo vontade de socar aquele senhor gorducho.

— É melhor alguém me explicar o que estou fazendo aqui. – Falou, sem esconder a ameaça em sua voz.

O delegado ergueu uma sobrancelha, e lhe direcionou um sorriso insolente antes de se sentar.

— Recebemos uma denúncia pela manhã. – Disse pausadamente, como se estivesse falando com uma criança mimada. – Achamos melhor averiguar, e ter certeza que a senhorita estaria segura.

Sara franziu o cenho, enquanto tentava processar as informações. Nada daquilo fazia sentido para ela, afinal, ela não era a vítima da história.

— Me tiraram de casa por causa de uma denúncia anônima?

Revenge | Avalance VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora