| Capítulo 34 |

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Sara estava concentrada, armando um plano para levar Damien até o galpão, quando sentiu uma forte pontada no peito, como se alguém a estivesse cutucando com uma agulha.

— Ei. – Ray a segurou, impedindo que caísse no chão. – Você está bem?

Ela franziu o cenho e respirou fundo, tentando se manter de pé.

— Foi só uma tontura. – Ela falou. Palmer ergueu uma sobrancelha e lhe lançou um olhar sugestivo, enquanto sustentava um sorriso debochado. – Para de me olhar assim. – Resmungou. – Qual o seu problema?

— Por um acaso, você não está...

— O que? – Perguntou, vendo a ficha cair em seguida. – Eu não estou grávida! Não mesmo. Tipo, sem chances.

— Se está dizendo. – Ele debochou.

Ela não sabia explicar o que acontecia, mas com certeza não era gravidez. Lance sentia o peito apertado, como se alguém espremesse seu coração... Algo estava muito errado.

Seu primeiro extinto, foi ligar para mãe que já tinha voltado para casa, mas ainda assim, ela quis ter certeza.

Ao desligar a ligação da mãe, Sara estava ainda mais aflita. Dinah jurou que estava bem, e que tudo corria como o normal, logo, o problema não era com ela, o que fez Lance enxergar o que ela menos queria.

O celular de Ava só chamava e caía na caixa postal, ela tentou trinta vezes e nada. Não era algo normal para ela, que sempre atendia as ligações, até as menos relevantes.

A cada ligação não atendida, o coração dela se apertava mais.

— Chega! – Ray falou, pegando as chaves do carro. – Não vou ficar aqui, olhando você ir de um lado para o outro.

— Onde você vai? – Ela perguntou, ainda com o celular na mão.

— Vou trazer essa garota aqui, e acabar com essa sua aflição. – Disse saindo, e deixando Sara ali sozinha.

Damien manteve a arma apontada para a cabeça da filha, enquanto pensava no que fazer.

Parte dele se sentia culpado por tudo aquilo, não era pra acontecer assim, Sara era o alvo, não sua família. Mas a parte irracional, a que estava no comando, queria terminar com tudo e pronto.

Se ele matasse a família, poderia ir atrás de Sara, recuperar seus bens e viver livre... E se mantivesse elas vivas, provavelmente ele iria pra cadeia. Era como um jogo, onde só as escolhas certas levariam ao prêmio final.

— Pai, não faz isso. – Ela choramingou. – Deixa a gente ir, eu prometo que não vamos procurar a polícia.

— Cala a boca. – Disse lhe dando um tapa. – Eu quero pensar.

Ruvé parecia mal, ainda estava desacordada e seu rosto estava péssimo. Nora temia pela mãe, ela realmente precisava de ajuda, ou não sairia dali com vida. Ela pediu aos céus para que atendesse ao seu pedido de socorro, não sabia se aguentaria por muito tempo, pois todo seu corpo doía, ou se levaria um tiro no próximo ataque de nervos de Damien.

— Deus, por favor, nos ajude...

Um barulho baixo foi ouvido, seguido por um forte estrondo.

Nora fechou os olhos, não queria que a imagem do pai puxando o gatilho, fosse sua última lembrança.

Ela já estava esperando pela morte, quando ouviu uma voz que menos esperava ouvir.

— Damien, acho melhor você baixar essa arma.

Ela abriu os olhos, e encontrou Ava de pé na porta, com uma pistola nas mãos e um olhar assustador no rosto.

— Você não pode entrar na minha casa, e me dizer o que fazer. – Damien rosnou.

Revenge | Avalance VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora