| Capítulo 18 |

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Quarto do casal.

Biblioteca.

Escritório.

Banheiro.

Cozinha...

E nada.

Sara revirou a casa de cabeça para baixo, e não achou absolutamente nada, que ligasse Damien morte de seus pais.

Ela poderia jurar que ele ainda tinha esses documentos, tinha que ter. Ele não se livraria de algo que o fizesse lembrar de sua "vitória", não com o ego que tinha. Mas ela já tinha procurado por todo o lado...

Bom, menos em um lugar.

O quarto de Nora.

Por que ele guardaria algo tão importante no quarto de uma drogada?

Ela não sabia responder, mas não custava nada dar uma olhada. Já não tinha nada a perder mesmo.

O quarto de Nora ficava no segundo andar, o último do corredor, não foi difícil de achar, já quero era o único cômodo que ela não tinha olhado.

A decoração do quarto, a surpreendeu, ela esperava algo mais pank, mais medonho e assustador. Ao invés disso, encontrou um quarto cor de rosa, com flores espalhadas pelas paredes... Muito parecido com o quarto que tinha na infância.

Lance balançou a cabeça, afim de tirar aqueles pensamentos da cabeça. Não era a hora para melancolia, muito menos lembranças tristes.

No fundo, ela tinha pena de Nora. A menina não tinha culpa de ter um pai cretino e uma mãe rodada. Se fosse em outros tempos, Sara poderia até se solidarizar com ela, mas infelizmente, não tinha outro tempo.

Analisou o quarto, pensando onde Damien poderia ter escondido aquele maldito inquérito.

Se ele realmente o escondeu ali, foi em um lugar que Nora não tivesse acesso, ele não ia querer que sua princesinha descobrisse o monstro que ele era.

Embaixo do colchão seria fácil para que alguém encontrasse.

Na cômoda, não parecia uma boa idéia.

Foi então que um quadro chamou a atenção de Sara.

Damien e Nora estavam sorridentes na pintura pendurada na parede, até que o quadro era bonito... E parecia pesado.

Sara resolveu arriscar. Tirou o quadro da parede e bingo...

Atrás da moldura, tinha uma espécie de fundo falso, onde encontrou um envelope amarelado.

— Vai ser rápido. – Ela ouviu uma voz no corredor. – Só preciso trocar esse vestido.

— Merda. – Sara sussurrou.

Foi o tempo de ela colocar o quadro no lugar, e a porta foi aberta.

Nora parou na porta e encarou a intrusa no seu quarto:

— O que você está fazendo aqui? – Perguntou com certa prepotência.

— Estava procurando o toalete. – Sara falou a primeira coisa que pensou, e só depois se deu conta de que aquela era a desculpa mais esfarrapada possível. – Acabei me perdendo.

— O toalete dos serviçais fica lá embaixo, está aberto.

— Ui. – Sara ergueu as mãos. – Que ofensivo!

Nora estava acompanhada de uma outra garota, e seu vestido azul estava molhado por uma bebida qualquer. A menina parecia muito irritada por encontrar a outra em seu quarto.

— Não pensa que me engana com esse seu jeitinho de boa moça. – Nora falou, se aproximando de Sara. – Eu sei o tipo de mulher que você é.

Lance riu do tom ameaçador da menina, e se sentia pena antes, já não sentia mais. Nora era tão prepotente quanto a mãe, e tão mau caráter quanto o pai.

— Cuidado com o que diz. – Foi a vez de Sara ameaçar.

— Por que? Não gosta de ouvir a verdade? - Ela se virou para a garota que a acompanhava. – Ou não quer que as pessoas descubram a vagabunda que você é?

Sara sorriu perigosamente:

— Vagabunda? – Ironizou. – Do tipo que dá pra traficante em troca de droga?

Nora abriu e fechou a boca, procurando por uma resposta à altura.

— Sua vadia! – Rosnou. – Aposto que isso vem de família. Sua mãe deve...

Sara não economizou na força do tapa, deixando o rosto de Nora vermelho. A menina levou a mão ao rosto, e encarou q loira surpresa pela atitude que tomou.

— Disse pra ter cuidado com o que diz! – Sara passou por ela, esbarrando em seu ombro.

— O que está acontecendo? – Ava entrou no quarto, e não entendeu bem o que estava acontecendo.

— Essa... – Nora olhou para Sara e ao notar o sorriso maldoso, pareceu mudar de idéia. – Mulher me bateu.

Ava encarou Sara por um tempo e logo voltou o olhar para a noiva.

— Controla sua bonequinha. – Sara falou. – Uma dose de cocaína deve acalmá-la.

Dito isso, Sara saiu do quarto, deixando todos sem fala.

Revenge | Avalance VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora